O jornalista William Bonner disse na madrugada desta quarta-feira (27), em entrevista ao programa Conversa com Bial, que a suspeita sobre a utilização indevida do CPF de seu filho, Vinícius, para pedir o auxílio emergencial de R$ 600 ao governo federal teve o objetivo de “encurralar” ele e a ex-mulher, a apresentadora Fátima Bernardes e, dessa forma, atingir a TV Globo.

A Globo informou nesta terça-feira (26) por meio de nota que Bonner tem sofrido uma campanha de intimidação. Durante a entrevista a Bial, o jornalista chegou à dizer que vive em quarentena desde 2018, quando suas falas durante o Jornal Nacional passaram a influenciar discursos de ódio em grupos extremistas.

O editor-chefe e apresentador do Jornal Nacional contou que o filho é vítima de estelionato há três anos, desde que sofreu um acidente de carro. Um bombeiro teria divulgado a carteira de habilitação do jovem na e desde então a família precisa contar com a atuação de advogados para desfazer golpes.

A fraude mais recente foi a tentativa de vincular o nome do filho de Bonner e Fátima Bernardes a um pedido de auxílio emergencial. O jornalista foi informado que um jornal do Rio preparava reportagem sobre o assunto e, por meio de advogados, mostrou ao veículo as provas de que era um golpe e alertou a Caixa Federal para não fazer o pagamento. A reportagem não foi publicada.

Mesmo sem nada ter sido divulgado, segundo ele, o filho começou a receber insultos pelas . Bonner então fez um em público e, a partir disso, afirma que começaram a acontecer “coisas estranhas”.

“Circularam vídeos que o acusavam de ter feito o pedido e recebido. E cobravam isso do pai e da mãe. De William e de Fátima. E dele”, disse durante a entrevista a Pedro Bial.Para Bonner, o material estava pronto para ser divulgado nas redes sociais antes mesmo dele fazer o desabafo.

“Quem em meio a uma pandemia, com milhares de mortes, teria a ideia, do nada, de entrar no site do Ministério da Cidadania ou do Dataprev e verificar se o filho do William Bonner tentou se inscrever para receber os R$ 600?”, questionou. “Esse é o tempo que estamos vivendo hoje, mas vamos em frente”Para Bial, ficou evidente o caráter doloso do que aconteceu.