Em entrevista à Folha na última quarta-feira (4), a drag queen Pabllo Vittar relembrou do período em que sofreu bullying, quando era criança, e contou que demorou para se aceitar como é.
“Eu não tinha muito segurança com meu corpo quando era criança. Sofria muito bullying porque era afeminada e gordinha, e minha mãe não deixava meu cabelo grande porque eu tinha um probleminha de caspa. A cabeça raspada, gordinha e afeminada… Era uma prato cheio para quem quer fazer bullying ou chacota dos outros”, contou Pabllo.
Por medo do assédio, a cantora chegava a evitar sair de casa. “Eu tinha muito receio de sair na rua, de vestir certos tipos de roupa”.
Com o tempo, Pabllo foi ganhando confiança e conseguiu superar a maioria dessas barreiras. Anteriormente, ela contou que sua mãe teve papel fundamental nessa formação, por apoiar suas escolhas e deixá-la livre para ser quem quisesse.
“Fui entendendo que foda-se, sabe? [sic] Vou ser feliz do jeito que eu sou e usar a roupa que eu quero usar. Não vou ficar sendo refém do que os outros acham”, disse. “Fui trabalhando isso no decorrer da minha vida. Todo dia trabalho um pouquinho”.
A saída para superar o período foi justamente desenvolver o amor-próprio. “Eu me amo. Quando você se olha no espelho e se enxerga autossuficiente, nada te abala”.
A cantora Pabllo Vittar conquistou o 13º lugar na votação que elegeu as 25 mulheres mais sexy do país em 2018. A votação é promovida pela revista Istoé e foi divulgada nesta semana.
Pabllo conquistou 17 mil votos e superou nomes de peso como Fernanda Lima, Taís Araújo, Deborah Secco e Giovanna Ewbank.
O primeiro lugar ficou com a funkeira Tati Zaqui,seguida por Paolla Oliveira e Bruna Marquezine. A votação foi realizada pelo público da revista entre os dias 1 e 30 de novembro.