A fotógrafa, ilustradora e cineasta Marjorie Sonnenschein morreu na última sexta-feira (20) aos 75 anos, de câncer pulmonar, em São Paulo. Em 45 anos de carreira, permaneceu como a mais “maldita” das grandes fotógrafas brasileiras, realizando raras exposições, apesar da vasta e relevante produção.

Neta de judeus austríacos assassinados em Auschwitz, ela nasceu em Fortaleza, em 1944, e radicou-se em São Paulo no final dos anos 1950. Depois de passar pela ilustração, pela pintura e pelo , fixou-se na arte fotográfica.

Cursou cinema na Escola de Comunicações e Artes da de São Paulo (USP), onde estudou com Paulo Emílio Salles Gomes e outros grandes nomes do cinema brasileiro. Produziu e dirigiu o curta-metragem “O Castelo do Morro dos Ingleses” (10 min.), uma adaptação livre do conto “Casa Tomada” de Julio Cortázar, que integra o acervo permanente da Cinemateca Brasileira. Trabalhou na Lynxfilm com Ruy Perotti e Daniel Messias.

Iniciou sua carreira dedicando-se à pintura, no ateliê de Gershon Knispel. Estudou desenho na Associação Paulista de Belas Artes. Foi ilustradora do jornal O Estado de S. Paulo, da Revista Planeta e de outras publicações. Trabalhou ainda na revista Claudia, como assistente de Edmar Salles, diretor de arte da publicação.