A cantora Katy Perry foi condenada, no tribunal de Los Angeles, na Califórnia, pelo plágio na música ‘Dark Horse’, supostamente uma cópia de ‘Joyful Noise’, do cantor cristão Flame. A decisão unânime do júri, composto por nove membros, foi apresentada na última segunda-feira (29), cinco anos depois da acusação feita por Marcus Gray, nome verdadeiro do rapper Flame.

A fase da sentença, iniciado esta terça-feira (30) com a apresentação dos argumentos, vai determinar a quantia que Katy Perry terá de pagar pela violação dos direitos de autor.

Em uma decisão que deixou muitos surpreendidos, os jurados consideraram que todos os seis compositores e as quatro empresas que editaram e distribuíram as canções eram responsáveis, incluindo Perry – que não esteve presente – e Sarah Hudson, que escreveu apenas a letra, para além de Juicy J, que escreveu o ‘rap’.

A editora americana Capitol Records e os produtores de Katy Perry, Dr. Luke, Max Martin e Cirkut, foram, também, considerados os culpados no caso.

Os advogados do rapper Marcus Gray argumentaram que “a batida e a linha instrumental apresentada em metade da música ‘Dark Horse’ são, substancialmente, semelhantes às de ‘Joyful Noise’”, cita a AP.

Em defesa, os advogados de Katy Perry disseram que “as partes da música em questão representam o tipo de elementos musicais simples que, sujeitos a avaliação de direitos autorais, podem prejudicar todos os compositores”.

Christine Lepera, advogada da artista, afirmou que “os compositores estão tentando construir conjuntos de música, em um alfabeto musical que deve ser acessível a todos”.

No entanto, o júri discordou e definiu que as batidas da música ‘Joyful Nois’ são, suficientemente, originais para serem protegidos pelos direitos autorais.

‘Dark Horse’, com uma nomeação para um Grammy, em 2015, constituiu o repertório de Katy Perry na sua performance, no mesmo ano, no intervalo da final de futebol americano, o Super Bowl.