André Midani, um dos maiores nomes da indústria fonográfica brasileira, morreu na noite desta quinta-feira (13), após 4 meses de luta contra o . Aos 86 anos, o produtor estava internado na Casa de Saúde São Vicente, na Gávea.

O profissional foi o responsável por levar nomes como Elis Regina, Tom Jobim, Belchior, Paulinho da Viola e Ney Matogrosso para a Warner no Brasil. André fez da gravadora uma das maiores potências em pop-rock brasileiro ao lançar Kid Abelha, Titãs, Ultrage a Rigor, Ira! e Lulu Santos.

O Portal Extra noticiou que a carreira de André Midani teve início em 1952, na gravadora Decca, na França, onde começou como apontador de estoque e se destacou numa função ainda incipiente na indústria, a de descobridor de projetos fonográficos. No Brasil, em busca de um estilo musical fosse identificado com a juventude local, entrou em contato com Carlos Lyra, Roberto Menescal, Nara Leão, Ronaldo Bôscoli, entre outras futuras estrelas da bossa nova. Depois conheceu João Gilberto e Tom Jobim, que, na época, fazia arranjos para a Rádio Nacional.

Ainda de acordo com o noticiário, após desligar-se da Odeon, na década de 1960, foi convidado para instalar a Capitol no México e em Los Angeles. Em 1968, voltou ao Brasil para assumir a a presidência da Philips (hoje Universal Music), na época deficitária e com um prazo de três anos para recuperá-la. Foi de Midani a decisão de reduzir o elenco da gravadora em mais de cem artistas, centrando em cerca de 50 nomes do estilo que viria a ser popularizado como MPB, a exemplo de Elis Regina, Caetano Veloso, Gal Costa e Gilberto Gil. Depois, ele contratou artistas como Tim Maia, Chico Buarque, Jorge Benjor, Luiz Melodia, Jards Macalé e Raul Seixas, entre outros.