O comediante americano Bill Cosby foi considerado culpado por abuso sexual pelo júri da Pensilvânia na tarde desta quinta-feira (26) por abusar de Andrea Constand, de 45 anos. O ator tinha 60 anos na época do crime e a vítima, 30. Cosby também é acusado de violar outras 57 mulheres. Segundo informações do The Washigton Post, o júri composto por sete homens e cinco mulheres considerou que o ator drogou Andrea Constand, que era encarregada pela equipe de basquetebol da Universidade de Temple, para cometer o crime.

As primeiras acusações contra Cosby datam de 2015, quando três mulheres prestaram queixa contra o comediante. Depois, várias outras mulheres, incluindo a ex-modelo Janice Dickinson, prestaram queixa. Segundo as investigações, Cosby usava o mesmo modo de abordagem para cometer os assédios. Ele prometia auxiliar as jovens a alavancar suas carreiras e quando conseguia ficar a sós com as vítimas, lhes dava comprimidos que as deixavam inconscientes. Várias das vítimas afirmaram que, após o ataque, o comediante as ameaçava para ficarem caladas.

Em coletiva de imprensa, os procuradores do caso afirmaram: “Esperamos que o resultado final do caso não faça com que alguém se abstenha-se de se pronunciar (…) Ela (Andrea) não precisava começar essa jornada conosco, para todos nós era só uma questão de fazer a justiça. Vamos caminhar essa jornada ao lado das vítimas e tratá-las com respeito. Sentimos muito pelo que aconteceu com elas, mas temos uma chance para recompensá-las e esperamos conseguir”.

O caso de Cosby é a primeira condenação concreta após a ascensão do movimento #MeToo, em que mulheres e homens da indústria do entretenimento americano, entre elas Meryl Streep, Lady Gaga e Emma Stone, expuseram abusos sexuais por parte de celebridades ou nomes influentes do meio.