Empresário quase se filiou ao PSDB, mas prefere meio “sem políticos”

Em abril, o empresário e engenheiro João Amoedo se reuniu em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, com o também empresário e apresentador de TV, Luciano . Amoedo é também presidente e fundador do NOVO, partido que estuda a filiação de Huck e lançamento de seu nome como candidato às eleições presidenciais em 2018.

Na segunda-feira (8), em uma entrevista veiculada pela Folha de São Paulo, o nome do apresentador de novo apareceu no cenário nacional, na boca do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que coincidentemente disse que representa o “novo” na política brasileira.

O encontro em Angra é o terceiro entre Huck e o presidente do NOVO. Os dois se conheceram no início de 2016, quando conversaram sobre a criação do partido liberal fundado por empresários, economistas e administradores de dez Estados brasileiros.

Em um momento de decepção da majoritária população brasileira com o cenário político, a possível entrada de Huck para o NOVO – partido com apenas quatro vereadores em todo o Brasil -, pode ser um atrativo de votos, uma vez que o empresário tem um destaque que chama atenção: não ser político.

A primeira opção de Huck, segundo a revista Piauí, era o PSDB, com o qual o apresentador tem estreitas relações, já contando com a amizade de FHC e Aécio Neves. Entretanto, a imagem dos tucanos ficou debilitada depois da Lava-Jato, o que levou o empresário a beber de outras fontes.

Sem contar que o PSDB já possui em João Dória, prefeito de São Paulo, sua principal opção de presidenciável para 2018. Amoedo, entretanto, garante que no momento o NOVO apenas pretende garantir a filiação de Huck, e não seu lançamento como candidato.

Apesar de não contar com mais que segundos nas próximas propagandas eleitorais, o NOVO teria o benefício em Huck de sua exposição social: o empresário tem 16 milhões de seguidores no Facebook, 12,7 milhões no Twitter e 11,7 milhões no Instagram.

Entusiastas de Huck-candidato minimizam o fato dele ter poucos segundos na televisão ano que vem, e lembram que o empresário e “não político” Alexandre Kalil, eleito prefeito de Belo Horizonte pelo nanico PHS no ano passado, tinha 23 segundos no horário eleitoral.

(com supervisão de Evelin Cáceres)