Para o cantor, vivia-se um “militarismo vigiado”

A participação do cantor e compositor no webshow da jornalista Leda Nagle, que foi ao ar na última segunda-feira (11) no Youtube foi repleto de declarações polêmicas. Após declarar que era “muito politizado”, o sertanejo afirmou que o Brasil não passou, de 1964 a 1985, por uma ditadura, mas por um “militarismo vigiado”.

O assunto foi se aproximando após o cantor revelar que já havia sido assediado para lançar-se candidato em eleições. “Já tive convite para isso, já conversei com alguns politicos e eles ficaram impressionados com meu conhecimento político do Brasil, mas não tenho vocação para ser [político]. Quero ser politizado para exercer meus direitos e deveres como cidadão, mas não penso isso como profissão”, revelou.

A polêmica, no entanto, surgiu na sequência, quando a jornalista questionou Zezé sobre o momento político atual.

“Vou falar um absurdo para você, as pessoas vão me criticar, jornalistas vão falar de mim, achar que sou um maluco. O Brasil lutou muito pela democracia. Eu fico com pena de como nossos políticos usaram aquela liberdade que conquistamos ao sair do militarismo, e muita gente confunde militarismo com ditadura. Todo mundo falava que vivíamos em uma ditadura, mas nós não vivíamos em uma ditadura, vivíamos no militarismo vigiado. Ditadura é Venezuela, Cuba, Hungria, Coreia do Norte, China, até o Chile com Pinochet. O Brasil nunca chegou a ser uma ditadura”, disse o cantor.

Em declaração polêmica, Zezé Di Camargo diz que não houve ditadura no Brasil

“Mas não chegou a ser tão violenta, tão sangrenta. Eu não quero jamais isso para o Brasil, mas eu acredito que, hoje, o Brasil precisa passar por uma depuração, até pensar no militarismo para reorganizar as coisas. Aí eles vão entregar de novo, ‘pronto, limpamos a corja aqui'. Acho que o Brasil precisava passar por uma depuração dessa”, disse.

Assista ao primeiro trecho da entrevista no vídeo abaixo. O segundo deve ser lançado na terça-feira (12).