“Quero sossego”: chamada de Musa do Rei, Wiviane Miranda dá sua versão da história
Ela nega a maioria das informações publicadas em jornais
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Ela nega a maioria das informações publicadas em jornais
Certamente você deve ter ouvido falar dela: Wiviane Miranda, 28 anos, a brasiliense que cresceu em Campo Grande e que no Rio de Janeiro supostamente teria ‘roubado’ o coração do cantor Roberto Carlos. Ganhou até apelido, ‘Musa do Rei’, assim anunciaram os jornais Extra e O Domingo em notícias que rapidamente ganharam o Brasil no fim do ano passado. No entanto, a jovem formada em administração pela Uniderp nega a maioria das informações.
Wiviane procurou a redação do Jornal Midiamax para contar sua versão da história, com algumas condições, dentre elas, que a matéria só saíssem depois que fosse embora da cidade, para não ser procurada por outros jornais. Resolveu falar porque começou a colher os dissabores de uma fofoca que tomou dimensões assustadoras. Segundo ela, foi apenas a infelicidade de estar na hora e local errados, no caso, o bairro da Urca, onde mora há quase três anos. Vizinha de Roberto Carlos, cruzou com ele apenas uma vez e despertou a atenção do cantor.
“Mas ele fala com todo mundo, é educação, não é só comigo. E comigo foi só uma vez. Imagina só, o Roberto Carlos passa por você, te cumprimenta e você não vai dar atenção?”, pondera. “Quem não iria parar?”.
O problema, mesmo, aconteceu com algumas entrevistas que deu, dentre elas à coluna Retratos da Vida, no Extra, e ao jornal O Domingo, ambos do Rio de Janeiro. “Saiu tudo distorcido, fora do contexto. E isso me prejudicou muito. Estou falando com você numa boa porque isso precisa terminar”. No Rio, segundo ela, o assunto já acabou. “Mas, toda vez que venho para Campo Grande sofro indiretas, escuto conversinha, não dá para ir no salão em paz… Já me chamaram até de interesseira. Mas acontece que eu nunca tive nada com o Roberto Carlos. Nada”, relata a jovem.
Transtornos
Wiviane afirma que nem conseguiu divertir-se com a história. “Rapidamente isso se tornou um transtorno. O repórter perguntou algo sobre a idade dele e a minha e eu falei na boa, que ele está bem para a idade e eu não via problema nisso. Meu pai é bem mais velho que a minha mãe e eles são felizes, não teria como dizer algo diferente. E na matéria saiu sugerindo que a gente tinha algo”, disse.
Essa é a maior reclamação dela, na verdade, que acha que confiou na pessoa errada. “Conversei por e-mail e por telefone com um repórter e depois o Extra me ligou, disse que eu não ia ter sossego enquanto não me pronunciasse. Resolvi conversar com eles. E achei que a gente tinha ficado amigo, contei coisas minhas numa conversa informal, coisas de mulher. E na matéria saiu de cirurgia plástica, as fotos foram pouco generosas comigo. E ele prometeu que o assunto ia encerrar. Fez foi piorar”, conta.
A mais recente fofoca aconteceu bem na noite de natal, quando os jornais afirmaram que Wiviane estaria grávida… de gêmeos! “Bem, dá para ver que não estou grávida, né? Meus pais lidaram bem com essa mentira porque, enfim, eles são demais. Mas é o tipo de coisa que destrói uma família. A coisa começou a aumentar de proporção e saiu do controle. Meus amigos da Urca não queriam mais nem ser vistos comigo, porque havia um assédio muito grande dos fotógrafos. A gente não tinha paz. Se eu fosse uma pessoa pública até não fazia nada com isso, mas eu não ganho nada”, reclama.
Wiviane também arremata que o termo ‘Musa do Rei’ incomoda. “Incomoda, porque eu não sou! Isso foi algo que inventaram e que não é verdade. Pergunta pra assessoria dele, eles vão negar. Isso não me traz nada de bom, ganhei cinco minutos de fama por algo que não sou e que só fez mal”.
Na época, até saíram reportagens comparando a aparência de Wiviane com as ex-mulheres. “Então o padrão é ter cabelo preto e liso? Então é todo mundo ‘Musa do Rei’, né? E mais, eu não tenho ascendência indígena direta, muito embora fique lisonjeada quando acham que sou índia. Sou uma mulher negra e tenho muito orgulho de ser assim”, revela.
Apesar de ter nascido em Brasília, Wiviane considera-se campo-grandense e, por motivos pessoais, deixou a cidade para morar no nobre bairro da Urca – o mesmo de Roberto Carlos – com a irmã, que é médica cirurgiã. No Rio, assimilou bem o estilo de vida do carioca e gosta de frequentar bares no fim de tarde e tem vários amigos, parte deles de Campo Grande. Atualmente, ela não trabalha, mas é formada em administração pela Uniderp. “Nem poderia procurar um emprego, quem ia contratar alguém que sofre tanto assédio?”, considera.
No ano passado, ela também ficou conhecida por outra notícia, no caso, boa. Wiviane custeou despesas de passagens e hospedagem de uma família cujo bebê tem reações alérgicas alimentares gravíssimas e precisou ir ao Rio de Janeiro para tratar-se. Segundo Wiviane, ela estava no salão de beleza, em Campo Grande, quando ficou sabendo da situação do bebê. Foi então que decidiu ‘amadrinhar’. “Fui lá no hotel e paguei tudo, e quer saber? Eu nem tinha dinheiro, parcelei no cartão. Ajudei essa família e até pedi ajuda aos jornais para divulgar, mas ninguém quis dar notícia, só um daqui. Ajudei sem querer nada de volta, porque eu acredito na lei do retorno, puxei isso da minha avó e da minha mãe”, conclui.
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