“Policial Gato” que escoltou Cunha disse que recebeu propostas de carreira artistica
O policial federal Lucas Valença, 30, carinhosamente apelidado pela internet de “Hipster da Federal” ou “Policial Gato” por conta da barba e do cabelo em coque que chamaram a atenção na última quarta-feira (19) ao participar da escolta que prendeu o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB), pode estar com os dias contados na corporação.
Lucas esteve nesta segunda-feira (24) no programa “Encontro com Fátima Bernardes”, da TV Globo, e por conta dos minutos de fama, está enfrentando um processo disciplinar aberto pela Polícia Federal.
Segundo as normas da instituição, os policiais federais não podem revelar ao público detalhes sobre seus trabalhos. No programa, Luca contou, depois de ser questionado várias vezes pela apresentadora Fátima, que esteve no mesmo avião que Eduardo Cunha e que estava de férias da corporação.
Ele garante, entretanto, que o afastamento da PF nada tem a ver com o processo disciplinar instaurado, e não seria uma punição.
Segundo um colunista do portal O Globo, a PF adotará a obrigatoriedade do uso de balaclavas – as toucas ninjas – para ocultar a identidade dos agentes a partir de agora. A instituição ainda não se declarou sobre a afirmação.
Ao portal R7, Lucas contou também que a fama lhe trouxe a oportunidade de seguir carreira arística, e que recebeu várias propostas. “Tem muita coisa passando pela cabeça agora. Ainda não sei se seguirei carreira artística porque não dá pra conciliar com a carreira policial”, disse o Hipster da Federal.
Na rede social Instagram, o policial passou em poucos dias de mil seguidores para 240 mil. Ele diz não se incomodar com o assédio, mas tomou algumas medidas para evitar confusão entre sua vida pessoal e seu trabalho na PF, como excluir antigos tweets que apoiavam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
(Sob supervisão de Evelin Araujo)