Os atores de se juntaram à greve dos roteiristas nesta quinta-feira (13). A decisão foi confirmada pelo sindicado SAG-AFTRA, (na sigla em inglês), que representa a categoria. A greve começará oficialmente à meia-noite de hoje (no horário de Los Angeles, ou 4h da manhã, em Brasília).

Assim, grande parte dos 160 mil membros, entre estrelas e figurantes, se juntam ao que já é considerada a maior greve do entretenimento norte-americano desde 1960. A decisão foi tomada após as negociações com os estúdios não atenderem suas demandas contratuais.

Em coletiva de imprensa nesta quinta, a presidente do sindicato, Fran Drescher, e o líder das negociações, Duncan Crabtree-Ireland, falaram sobre a decisão.

“Quando empregadores fazem de Wall Street e da ganância suas prioridades e esquecem dos contribuidores essenciais que fazem a máquina funcionar, nós temos um problema, e estamos vivendo isso neste momento”, afirmou Drescher.

“Este é um momento muito seminal para nós. Comecei pensando seriamente que poderíamos evitar uma greve. A gravidade dessa mudança não passou despercebida por mim ou por nosso comitê de negociação, ou por nossos membros do conselho, que votaram unanimemente para prosseguir com uma greve. É uma coisa muito séria que afeta milhares, senão milhões de pessoas em todo o país e ao redor do mundo.”

Na noite de terça-feira (11), o sindicato fez um comunicado afirmando que não confiava que os empresários de fato tinham a intenção de negociar um acordo. Em junho eles já haviam votado e aprovado a realização de uma greve caso as negociações fracassassem.

A greve se concentra na solicitação de melhores salários e outros benefícios, além de definir o uso da inteligência artificial na produção de filmes e programas de televisão, para garantir que suas imagens digitais não sejam recriadas sem autorização.

Com a paralisação, a indústria do e da televisão norte-americana deve parar quase por completo. Lançamentos e eventos, como o Emmy 2023, podem ser adiados.