Exibições são gratuitas
O Museu da Imagem e do Som realiza de 20 a 23 de junho de 2017, tradicional a Mostra de Cinema Japonês, com curadoria de Celso Higa, pela segunda vez. Em sua sétima edição, a mostra apresentará quatro filmes, dois clássicos e dois contemporâneos, sempre às 19h, com entrada franca.
Os filmes a serem exibidos são “A Partida” (2008), de Yojiro Takita; “Rebelião” (1967), de Masaki Kobayashi; “Nossa irmã mais nova” (1915), de Hirokazu Kore-eda, e “Kwaidan – As quatro faces do medo” (1964), de Masaki Kobayashi.
“A mostra deste ano faz uma homenagem ao diretor Masaki Kobayashi, um diretor pouco conhecido por ter pouca produção e uma obra tardia, mas são filmes relevantes pelo roteiro. Harakiri é seu filme mais famoso. Decidimos trazer esse diretor para resgatar quem ele foi e para as pessoas conhecerem um pouco da obra dele. Tem uma trama bem feita, tem uma quebra, não é uma coisa comum. O filme ‘A Rebelião’ é considerado por alguns críticos brasileiros como o melhor filme japonês de todos os tempos pela trama, roteiro a forma de direção, trilha Sonora e parte cênica”, diz Celso.
Devido a uma política de relações diplomáticas entre Brasil e Japão, em 1929 surgiu na cidade de Bauru a Companhia Brasileira de Cinema – Nipako, que distribuía filmes japoneses para serem exibidos no Brasil. “Os imigrantes sentiam saudades de sua terra e queriam ver os filmes, que seguiam pelas estradas de ferro e eram exibidos nas comunidades rurais”, relembra Higa.
“Em Campo Grande, tinha uma mercearia da família Saliba, a Mercearia Califórnia, que ficava na Dom Aquino com a 14 [de julho], que sempre ficava aberta nos dias de projeções no Cine Santa Helena. Todas as sextas-feiras a mercearia ficava aberta até as 11 da noite para atender aos japoneses vendendo suas mações argentinas, com aquele papel roxo, as latas de goiabada e marmelada. Tudo isso nos remete a um sentimento nostálgico”.
SERVIÇO – O Museu da Imagem e do Som fica na Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559. Informações: (67) 3316-9178.