‘Pequeno Segredo’ é a indicação brasileira
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que organiza o Oscar, divulgou nesta terça-feira (11) os 85 longas inscritos (veja abaixo) para tentar classificação na categoria de melhor filme em língua estrangeira. A festa acontece em 26 de fevereiro, em Los Angeles, nos Estados Unidos, e tem “Pequeno Segredo”, de David Schurmann, como representante do Brasil.
Os 5 filmes que concorrerão ao à 89ª edição do Oscar serão definidos pela Academia e serão divulgados em 24 de janeiro, conforme informou o site G1. Dentre os inscritos, há diretores consagrados, como Pedro Almodóvar, selecionado pela Espanha com “Julieta”; Xavier Dolan, selecionado pelo Canadá com “Just la fin du monde”; Paul Verhoeven, selecionado pela França com “Elle”; Asghar Farhadi, selecionado pelo Irã com “The salesman”; Brillante Mendoza, selcionado pelas Filipinas com “Ma’ Rosa”; Andrzej Wajda, selecionado pela Polônia com “Afterimage”; e Andrei Konchalovsky, selecionado pela Rússia com “Paraíso”.
Pequeno segredo
O único filme brasileiro inscrito, que ainda não estreou nacionalmente, é um longa de ficção baseado em um episódio real ocorrido com a família Schurmann, conhecida por navegar o mundo.
O longa narra a história de Kat, filha adotiva de Heloísa e Vilfredo Schurmann, que morreu em 2006. A história inspirou também o livro best-seller “Pequeno segredo: A lição de vida de Kat para a família Schurmann” (2012), escrito por Heloísa. O longa tem no elenco Julia Lemmertz, Maria Flor, Fionnula Flanagan, Marcello Antony, Erroll Shand e Mariana Goulart.
Preterido
“Aquarius” ficou de fora dos inscritos ao Oscar pois, segundo o site G1, o MinC (Ministério da Cultura) disse ter analisado não apenas as qualidades artísticas de “Pequeno Segredo”, mas também as supostas preferências da Academia de Hollywood.
Para o MinC o escolhido tem “maior potencial para seduzir o júri da Academia”. “Não foi uma decisão fácil. Não foi uma decisão unânime. Foi uma decisão pelo consenso”, afirmou Silvia Maria Sachs Rabello, integrante da comissão, ao ser questionada sobre o fato de “Aquarius” ter sido preterido.
Seu colega Marcos Petrucelli disse ainda que os jurados que escolhem os filmes de língua estrangeira no Oscar “são pessoas geralmente mais velhas, então um pouquinho mais conservadoras”. E afirmou: “A gente tentou encontrar um filme que tem essas características do cinema ‘da cartilha'”.
A lista
África do Sul – “Call me thief”, de Daryne Joshua
Albânia – “Chromium”, de Bujar Alimani
Alemanha – “Toni Erdmann”, de Maren Ade
Arábia Saudita – “Barakah meets Barakah”, de Mahmoud Sabbagh
Argélia – “The well”, de Lotfi Bouchouchi
Argentina – “El ciudadano ilustre”, de Mariano Cohn e Gastón Duprat
Austrália – “Tanna”, de Bentley Dean e Martin Butler
Áustria – “Stefan Zweig: Farewell to Europe”, de Maria Schrader
Bangladesh – “The unnamed”, de Tauquir Ahmed
Bélgica – “The Ardennes”, de Robin Pront
Bolívia – “Sealed Cargo”, de Julia Vargas Weise
Bósnia-Herzegovina – “Death in Sarajevo”, de Danis Tanovic
Brasil – “Pequeno segredo”, de David Schurmann
Bulgária – “Losers”, de Ivaylo Hristov
Camboja – “Before the fall”, de Ian White
Canadá – “Just la fin du monde”, de Xavier Dolan
Cazaquistão – “Amanat”, de Satybaldy Narymbetov
Chile – “Neruda”, de Pablo Larraín
China – “Xuan Zang”, de Huo Jianqi
Cingapura – “Apprentice”, de Boo Junfeng
Colômbia – “Alias Maria”, de José Luis Rugeles
Coreia do Sul – “The age of shadows”, de Kim Jee-woon
Costa Rica – “About us”, de Hernán Jiménez
Croácia – “On the other side”, de Zrinko Ogresta
Cuba – “El acompañante”, de Pavel Giroud
Dinamarca – “Land of mine”, de Martin Zandvliet
Equador – “Sin muertos no hay carnaval”, de Sebastián Cordero
Egito – “Clash”, de Mohamed Diab
Eslováquia – “Eva Nová”, de Marko Skop
Eslovênia – “Houston, we have a problem!”, de Žiga Virc
Espanha – “Julieta”, de Pedro Almodóvar
Estônia – “Mother”, de Kadri Kõusaar
Finlândia – “The happiest day in the life of Olli Mäki”, de Juho Kuosmanen
França – “Elle”, de Paul Verhoeven
Geórgia – “House of others”, de Rusudan Glurjidze
Grécia – “Chevalier”, de Athina Rachel Tsangari
Holanda – “Tonio”, de Paula van der Oest
Hong Kong – “Port of Call”, de Philip Yung
Hungria – “Kills on wheels”, de Attila Till
Iêmen – “I am Nojoom, age 10 and divorced”, de Khadija Al-Salami
Islândia – “Sparrows”, de Rúnar Rúnarsson
Índia – “Interrogation”, de Vetri Maaran
Indonésia – “Letters from Prague”, de Angga Dwimas Sasongko
Irã – “The salesman”, de Asghar Farhadi
Iraque – “El clásico”, de Halkawt Mustafa
Israel – “Sand storm”, de Elite Zexer