Festival acontece em maio e terá programação extensa
As produções audiovisuais em Mato Grosso do Sul andam paradas, mas há quem atue na contramão de um cenário sem fundos sendo pagos aos artistas e sem novos projetos. A 4ª MAD (Mostra Audiovisual de Dourados), que acontece de 12 a 22 de maio, está à todo vapor e acaba de cofirmar que o longa “Condado Macabro”, do diretor Marcos DeBrito, rodado em Paranaíba mas com elenco nacional, será uma das atrações. “Estamos fechando a programação da mostra deste ano”, explica o organizador do MAD Bruno Augusto. “Confirmada exibição do ‘Condado’ e a participação do Diretor Marcos DeBrito, do ator Francisco Gaspar e do diretor de fotografia André de Campos Mello”, adianta.
O filme é nitidamente inspirado em clássicos como “O Massacre da Serra Elétrica”, mas inserido em um estilo de cinema mais brasileiro. A sinopse traz uma casa alugada por cinco jovens, que vira palco de uma sangrenta chacina, onde o principal suspeito é um palhaço encontrado na cena do crime. Para provar sua Inocência, ele precisa se engajar num jogo perigoso, onde o verdadeiro assassino está à solta. Um prato cheio para os fãs do segmento do terror e horror, com uma pitada sul-mato-grossense na tela, já que algumas das cenas foram feitas aqui.
Para Bruno, a inclusão de “Condado Macabro” como um dos “headliners” do festival, é importante para refletirmos sobre o nosso próprio cinema. “A expectativa é que o público participe e prestigie a produção, e prestigie a participação do diretor e do elenco, de modo a entender os fatores que levaram a escolher o nosso Estado como cenário. A reflexão é também sobre o papel que produções como essa têm para o desenvolvimento do audiovisual no Mato Grosso do Sul”, enfatiza.
Fortalecimento do cinema
A quarta edição do MAD também terá, além da Mostra Nacional, espaço para produções regionais. “A MAD já interfere diretamente no cenário audiovisual do estado, premiando as produções regionais e nacionais. A mostra preza pela busca de novas linguagens, propostas e formas mediante a exibição de filmes em diferentes formatos, busca a acessibilidade dos diferentes públicos, graças a iniciativas como exibições públicas, oficinas, palestras, mostras em locais públicos além de reunir diversas gerações de profissionais e entusiastas atuantes no mercado de audiovisual”, elenca Bruno.
Além disso, há a preocupação da formação de público tanto através de um espaço dedicado ao cinema infantil dentro da programação, quanto na questão da criação de novos produtores de audiovisual, de forma independente ou não. “Ao formar um público infantil como espectador e também como agente produtor de audiovisual a mostra contribui diretamente no desenvolvimento cultural do Estado”, reitera. A expectativa é que a mostra agregue pelo menos 3 mil pessoas esse ano, e é realizada pela UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados). Saiba mais sobre a mostra pelo site: http://www.madufgd.com/.
