Confira a crítica do filme pelo MidiaMAIS

Foram alguns trailers ao longo de quase 1 ano de divulgação, e os fãs estavam em uma ansiedade sem fim para assistir ao novo filme da DC Comics e dos estúdios Warner, “Esquadrão Suicida”, que estreou nos cinemas de Campo Grande nesta quinta-feira (4). Confesso que eu mesma estava. Mas o filme que nos foi apresentado no primeiro trailer em 2015, ao som de uma versão lírica da música “I Started a Joke”, talvez não seja o mesmo que foi apresentado aos fãs nos cinemas. Mas explico. 

“Esquadrão Suicida” conta a história de um grupo de vilões que é reunido para combater o mal a serviço do governo, pelas mãos de Amanda Waller (a atriz maravilhosa Viola Davis). Se eles sobrevivem às missões, têm reduzidas suas penas, e se não… bem, ossos do ofício.

Entre os supervilões estão: Arlequina (a namorada do clássico vilão Coringa, vivida pela atriz Margot Robbie), Pistoleiro (interpretado pelo ator Will Smith), Crocodilo, Katana, o capitão do time Coronel Rick Flag (o único que não é vilão, é claro), e outros personagens. A premissa não poderia dar “ruim”, já que reunia um time de atores estrelados como Jared Leto (vivendo Coringa), por exemplo, e também por ser baseado em um gibi de muito sucesso. Certo? Errado. 

Filme decepciona por roteiro ruim / Foto: Divulgação

 

 

O filme não nos entrega o que está no trailer, e por isso ele não é bom. Mesmo que houvesse diferença entre o produto final e o que foi proposto no trailer, isso não seria uma falha grave se o longa tivesse qualidade de roteiro. E não somente por isso. 

O que aconteceu no processo de montagem do longa foi que a DC ficou receosa com o fracasso de “Batman vs Superman” (2015) e decidiu apostar em uma linha de filme semelhante à sucessos recentes como “Deadpool” (2015) e “Os Guardiões da Galáxia” (2014), filmes mais despretensiosos, que pesam a mão no humor. Porém, no universo em que “Esquadrão” foi filmado, pelo diretor David Ayer, não funcionou muito bem. O roteiro deixa falhas, a boa trilha sonora não encobre uma história sem tanto ritmo e algumas questões dos personagens não fazem sentido. O romance entre Arlequina e Coringa, por exemplo, não funciona, é superficial e mal construído. 

Se o longa alcançar a bilheteria esperada, que é de U$ 800 milhões, talvez ele tenha continuação, e o que se espera é que os acertos como Arlequina e Amanda Waller continuem. As duas personagens são o que há de mais bacana no filme, e Will Smith como Pistoleiro também agradou. Arlequina mostra uma atriz muito alegre e cheia de vida pela personagem, e Viola Davis traz toda a tensão de sua Amanda Waller, malvada até o fim. Mas muitas coisas faltaram. E fica um vazio após as luzes se acenderem: O que aconteceu com o filme que a DC nos prometeu nos trailers incríveis? Resta a pergunta no ar. O tom, tal qual a risada do Coringa, não foi acertado.