Cineasta afirma que crise teve grande impacto para o cinema

O cineasta brasileiro José Padilha, que vive há dois anos em Los Angeles e já assinou produções como “Ônibus 147”, “Tropa de Elite”, “Narcos” e “Robocop”, e que agora está produzindo uma série para a Netflix sobre a Operação Lava-Jato, concedeu uma entrevista ao jornal fluminense O Globo, em que critica o apoio de artistas brasileiros ao governo do PT.

Na entrevista, Padilha afirma que a crise econômica teve um grande impacto sobre o cinema nacional. “Num momento em que a economia do país está em queda, em que o PIB cai, o lucro é reduzido. Por isso, é bastante surreal ver o apoio da classe e de muitos cineastas ao governo do PT, que, por má administração e gestão econômica, colocou o país na situação em que está. Acabou o dinheiro. Não sei como não entendem que isso é ruim para o cinema”, afirma.

Ele lembra que, no Brasil, as produções cinematográficas costumam depender de incentivo fiscal. “A realidade do cineasta e produtor de cinema no Brasil é que todos dependem do incentivo fiscal. E, quando os patrocínios dependem dos lucros das empresas, isso é um problema”.

 Ele afirma que, durante o governo Lula, o incentivo “aumentou, teve mais lucro, incentivo fiscal, mas acabou o dinheiro. O cinema brasileiro se ancorou na Petrobras e no BNDES, mas olha o estado das finanças públicas e das empresas públicas, como a Petrobras”. 

(Sob supervisão de Daiane Libero)