Confira a crítica do MidiaMAIS
Com uma curiosa tradução de nome de “I Am the Pretty Thing That Lives in the House” para “O Último Capítulo”, um tanto quanto confusa, mais um filme original da Netflix foi lançado esta semana, e dessa vez, o objetivo era angariar alguns fãs dos gêneros de terror que tanto lucram nos cinemas do mundo todo. A produção teve boa recepção da crítica, mas talvez o público não tenha embarcado na história tanto quando a Netflix pode ter desejado. Isso porque a união exacerbada entre técnica e poética cinematográfica, além de muita narração em off, que parece contornar alguns problemas de roteiro.
“O Último Capítulo” bebe na fonte inesgotável do terror das casas mal-assombradas, um clássico do cinema e é até compreensível: há terror maior do que o medo dentro do lar, onde estamos com a guarda abaixada e vulneráveis? Parece que o cinema não se cansa da temática, e levando em consideração que foi essa a escolha para o primeiro filme original de terror da Netflix, é possível que tenham utilizado uma história já consolidada para não pisar em falso, e tentar trazer tudo isso sob uma nova luz. O problema, no entanto, é que sobram cenas bonitas e impactantes estéticamente, e faltam sustos e um roteiro mais convicente.
Na história, Lily é uma cuidadora de idosos que parte para um novo emprego: deverá cuidar de uma senhora que já foi uma grande escritora de livros de terror. Afundada em uma espécie de demência, a velha insiste em chamá-la de “Polly”, que é o nome de uma das personagens do livro. Aos poucos, o silêncio intermitente de uma casa isolada, vemos que Lily é um pouco estranha, tal qual pequenos fatos ao longo do filme, pequenos incômodos. Porém, para quê eles servem afinal, não fica muito claro.
O filme quer explorar um nicho, porém sem fazer mais do mesmo, mas na empreitada acaba fazendo um filme um pouco tedioso, lento e sem grandes sustos. Para quem ama o terror mais assustador, daqueles que faz o coração acelerar e o corpo tremer, assistir “O Último Capítulo” será um tanto quanto devagar.
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