A carteira de motorista vai demorar um tempão ainda, afinal, Cecília tem apenas dois anos e alguns meses de vida. Só que isso não a impede de mostrar inteligência e perspicácia no trânsito, fruto da interação com os pais toda vez que entra no carro, seja no caminho de casa para escola ou onde for, em Campo Grande. Uma das conversas, recentemente, foi postada nas redes sociais e o mais engraçado é: infringiu uma regra, vai levar bronca!
Segundo a mãe, a jornalista Camilla Jovê, de 34 anos, tudo começou quando a família começou a conversar sobre cores. “Desde novinha, nós começamos a ensinar para ela e aí no trânsito, de carro ou andando com ela, ficamos procurando as coisas e conversando. A gente brinca e pergunta qual a cor do cabelo e da fruta da árvore, principalmente, porque ela fala que árvore sem folha é careca. E ela adora, a gente fica: ‘Que cor é isso, que cor é aquilo, e no semáforo era a mesma coisa”, contou.
Assim, no decorrer dos dias, os pais não só ensinaram as cores “vermelho, verde e amarelo”, bem como explicaram o que aquilo simbolizava no semáforo. “Aproveitando estes momentos, comecei a falar que o vermelho significa pare, amarelo é atenção, tem que parar, e o verde segue. E nisso ela começou a fazer gestos com as mãos, gostou mesmo da coisa, e todo dia é assim”, comentou.
Mãe brinca que tem uma ‘amarelinha da Agetran dentro do carro’
Para a família, Camilla brinca que “tem a amarelinha da Agetran [Agência Municipal de Transporte e Trânsito] dentro do seu carro, sem falar que parece o Waze (com uma vozinha bem doce) avisando sobre tudo ao redor.

“Ela fica cuidando tudo no trânsito e fala: ‘Mamãe, aquele carro parrou errado, mamãe, aquele carro furou o sinal. E já entra no carro, me manda colocar o cinto, eu falo que já estou com ele e mostro. E agora ela está em uma fase em que adora colocar o cinto dela. São três partes, mas, ela fica dizendo que consegue colocar sozinha, então, é um momento em que ela se diverte também e foi muito bom incluí-la neste contexto”, explicou.
Conforme Jovê, a pequena já está tendo a consciência de que todo mundo faz parte do trânsito, inclusive ela. “Ela entende que todo mundo tem que se cuidar, inclusive ela. E toda vez que faço algo errado levo bronca, inclusive, fiz algo de brincadeira, em um ambiente seguro, só para ver a reação dela, então, entendemos que ela já tem este sentimento de responsabilidade com o trânsito. E, quando erro, faço questão de pedir desculpas, de falar que ela está certa”, argumentou.
Pai diz que a menina faz questão de colocar o próprio cinto de segurança
Na escola, a mãe fala que Cecília já participou de uma semana de conscientização no trânsito e o pai também interage com ela, toda vez que entra no carro.
“A Cecília é muito inteligente e curiosa, e sempre quando a gente está no carro, conversamos, ela sempre na cadeirinha coloca o cinto, faz questão de apertar o próprio cinto, é isso, acho que esta curiosidade, esperteza e inteligência dela, vai desenvolvendo e ela fica nos perguntando e nos ensinando sobre tudo”, finalizou o pai, o empresário Diego Ferreira da Silva, de 39 anos.
Confira o vídeo em que Cecília conversa com a mãe no trânsito de Campo Grande: