VÍDEO: Sonho com chegada da chuva após incêndios no Pantanal inspira pesquisadores a fazer música

Um dos professores sonhou com filete de água invadindo o Pantanal após o período seco, em 2019, enquanto o outro “deu letra” e fez o videoclipe

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(Redes Sociais/Reprodução)

No sonho, um filete de água invadia o Pantanal após o período seco, em 2019, em uma “plena conversa das nuvens com o chão”. E o que estava no imaginário do pesquisador e professor de biologia, Geraldo Damasceno Jr., de 58 anos, logo se tornou realidade, mostrando a força de renovação da natureza. Assim, apaixonado pelo bioma e suas transformações, fez o convite ao também professor Paulo Robson de Souza, de 63 anos, o qual “colocou letra” na tão sonhada música.

Atuantes na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), ambos fazem expedições recorrentes ao Pantanal e, ao publicarem a canção, dedicaram aos parceiros, como voluntários protetores da biodiversidade brasileira e às brigadas contra incêndios florestais.

“Estávamos começando o Peld [Programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração], o qual seria de longa duração e surgiu a partir de edital, então, estávamos focados no estudo do fogo. São várias Peld’s no Brasil, um só em ilhas oceânicas, outro em mata atlântica e o nosso é focado em fogo no Pantanal. Assim, enfrentávamos um Pantanal mais seco e eu sonhei que estava voltando a água, um pequeno filete de água”, relembrou Geraldo.

No sonho, ele comenta que a água ia aumentando de volume, até o momento em que ele não conseguia mais atravessar de um lado a outro. “Foi quando eu escrevi uns versos e chamei o meu parceiro de música, que é muito bom poeta também. Nós estávamos no período de pandemia e continuamos até hoje este serviço no Pantanal”, argumentou Damasceno.

(Redes Sociais/Reprodução)

Pantanal é pura poesia

Segundo o pesquisador, a sensação é de “estar sincronizado” com o momento da seca e acreditar no retorno das águas no Pantanal, transformando o momento em poesia. “Eu procurei falar das características da cheia do Pantanal, onde há cheia mesmo sem chuva, devido às águas virem das cabeceiras. E também busquei fazer o caminho da água, desde os planaltos que circundam o Pantanal até o alto da planta, chegando dentro da flor. Isso porque o Geraldo sonhou que a água era muito miudinha, formando filetes quase imperceptíveis”, explicou.

Paulo também comenta sobre o fato de oferecerem o videoclipe aos brigadistas. “É algo muito merecido e acho até que o governo do Estado deveria ofertar uma comenda para a corporação, caso ainda não o tenha feito. Outra curiosidade é que, devido à pandemia, gravei a maioria das imagens no meu quintal, aqui em Campo Grande, usando uma mangueira comum para simular a chegada da cheia no Pantanal. Aquelas formigas que aparecem no videoclipe eu crio no fundo de casa. Brinco com os amigos que são ensinadas, já que eu as conduzi para obter umas cenas interessantes e que demonstrassem se tratar de um close, microcosmo, tendo as formigas como escala”, finalizou.

Confira o clipe completo neste link:

https://www.youtube.com/watch?v=zQO7OCDcDuY


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