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Rã-paradoxal, com secreção que ajuda no combate a diabetes, é registrada em MS

Espécie é comum nos Estados do Amapá, Maranhão e Roraima, sendo seu avistamento pouco frequente em outras regiões do Brasil, como o próprio pantanal sul-mato-grossense
João Ramos -
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rã paradoxal
Anfíbio também é conhecido como "sapo-encolhedor" - (Foto: Natália Cará)

Rã-paradoxal, espécie que encolhe de tamanho quando fica adulta, foi avistada no Pantanal de Mato Grosso do Sul. No Brasil, o anfíbio ocorre nos Estados Amapá, Maranhão e Roraima, sendo sua aparição pouco frequente em qualquer outra parte do país.

Além da característica única envolvendo suas medidas, pesquisas indicam que esta rã secreta uma substância que ajuda no combate à diabetes tipo 2, fator que a torna ainda mais peculiar entre os demais anfíbios de sua família.

Quem registrou a aparição em terras sul-mato-grossenses foi a bióloga e guia de safári Natália Cará. O avistamento ocorreu este mês no refúgio ecológico Caiman Pantanal, localizado na área pantaneira da cidade de Miranda (MS).

Falta de nexo ou lógica? Entenda o paradoxo da rã

De acordo com o professor de Biologia Jonatas Fontinele, a rã-paradoxal (Pseudis paradoxa), também conhecida como sapo-encolhedor, recebe esse nome justamente pelo fenômeno de diminuir conforme o tempo.

Enquanto o girino da espécie chega a medir 27 centímetros de comprimento, sendo o maior girino do mundo, os indivíduos “encolhem” na fase adulta, medindo pouco mais do que 7 centímetros. Daí o paradoxo – aparente falta de nexo ou de lógica; contradição.

Com a ocorrência em regiões neotropicais, a Rã-paradoxal está presente nas Américas do Norte e do Sul, especialmente nos países Trindade e Tobago, Brasil e Suriname.

Girino de uma rã-paradoxal (Foto: Reprodução, Animalia)
Girino de uma rã-paradoxal (Foto: Reprodução, Animalia)

Secreção da rã estimula a produção de insulina

Em relação ao combate à diabetes tipo II, estudos apontam que a pseudin-2, substância secretada por esse anfíbio, pode ajudar pessoas que lutam contra a doença.

Conforme reportagem da BBC, cientistas das universidades do Ulster (Irlanda do Norte) e dos Emirados Árabes Unidos testaram uma versão sintética do composto pseudin-2 e descobriram, em testes de laboratório, que ele estimula a produção de insulina em células do pâncreas.

A descoberta, divulgada em 2008, abriu caminho para o potencial desenvolvimento como um medicamento para o tratamento de diabetes usando a secreção da pele da rã.

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