Rã-paradoxal, com secreção que ajuda no combate a diabetes, é registrada em MS
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Rã-paradoxal, espécie que encolhe de tamanho quando fica adulta, foi avistada no Pantanal de Mato Grosso do Sul. No Brasil, o anfíbio ocorre nos Estados Amapá, Maranhão e Roraima, sendo sua aparição pouco frequente em qualquer outra parte do país.
Além da característica única envolvendo suas medidas, pesquisas indicam que esta rã secreta uma substância que ajuda no combate à diabetes tipo 2, fator que a torna ainda mais peculiar entre os demais anfíbios de sua família.
Quem registrou a aparição em terras sul-mato-grossenses foi a bióloga e guia de safári Natália Cará. O avistamento ocorreu este mês no refúgio ecológico Caiman Pantanal, localizado na área pantaneira da cidade de Miranda (MS).
Falta de nexo ou lógica? Entenda o paradoxo da rã
De acordo com o professor de Biologia Jonatas Fontinele, a rã-paradoxal (Pseudis paradoxa), também conhecida como sapo-encolhedor, recebe esse nome justamente pelo fenômeno de diminuir conforme o tempo.
Enquanto o girino da espécie chega a medir 27 centímetros de comprimento, sendo o maior girino do mundo, os indivíduos “encolhem” na fase adulta, medindo pouco mais do que 7 centímetros. Daí o paradoxo – aparente falta de nexo ou de lógica; contradição.
Com a ocorrência em regiões neotropicais, a Rã-paradoxal está presente nas Américas do Norte e do Sul, especialmente nos países Trindade e Tobago, Brasil e Suriname.

Secreção da rã estimula a produção de insulina
Em relação ao combate à diabetes tipo II, estudos apontam que a pseudin-2, substância secretada por esse anfíbio, pode ajudar pessoas que lutam contra a doença.
Conforme reportagem da BBC, cientistas das universidades do Ulster (Irlanda do Norte) e dos Emirados Árabes Unidos testaram uma versão sintética do composto pseudin-2 e descobriram, em testes de laboratório, que ele estimula a produção de insulina em células do pâncreas.
A descoberta, divulgada em 2008, abriu caminho para o potencial desenvolvimento como um medicamento para o tratamento de diabetes usando a secreção da pele da rã.
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