Quase ninguém doa e só compaixão poderá salvar vaca Fumaça de virar bife em MS: ‘me ajudem’
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A vaquinha realizada pela técnica de enfermagem Liliane Bezerra para impedir que Fumaça, sua vaca de estimação, seja vendida, não arrecadou nem 20% da meta. Apesar de comovente, a história parece não ter atingido os corações dos sul-mato-grossenses e, agora, só a compaixão poderá salvar o animal de “virar bife”.
Fumaça vive no sítio para onde Liliane, o marido e as filhas se mudaram há um mês, em Terenos (MS). A vaca pertence ao antigo dono da propriedade e já estava no local quando os novos moradores chegavam.
Até conseguir vendê-la, o tutor deixou a bovina aos cuidados de Liliane, que, em menos de 30 dias, se apegou à Fumaça e virou melhor amiga da vaca. No entanto, esta semana, o dono reapareceu e revelou ter fechado um negócio: vai trocar a vaquinha, que está grávida, por quatro bezerros.
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Por pena, dono da vaca Fumaça decidiu abrir exceção
Ao saber da notícia e ser informada de que ele precisaria levar Fumaça embora, a técnica de enfermagem entrou em desespero. Diante do sofrimento da sitiante, que não quer se separar da amiga, o proprietário do animal então abriu uma exceção e deu a ela o prazo de uma semana para comprar Fumaça e impedir a troca.
“Ele me disse: ‘te dou 40 dias pra você me pagar à vista e eu desfaço o acordo que eu fiz, mas só porque eu tô vendo o seu sofrimento’. Ele está pedindo 6 mil reais na Fumaça porque ela está prenha. Queria muito pedir a ajuda de todos, me ajudem a salvar ela, que já faz parte da minha vida. Tenho uma semana para dar um parecer pra ele”, conta Liliane.
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Prazo está acabando e vaquinha continua aberta para quem quiser doar
Para tentar conseguir o montante exigido, ela então abriu uma vaquinha online. No entanto, dias já se passaram e a roceira ainda não arrecadou nem mil reais. Menos de 20 pessoas doaram e o valor acumulado até o momento é irrisório para a compra de Fumaça.
Vendo o tempo se esvair como água nas mãos, a técnica já se prepara para o pior. Agora, só a compaixão dos sul-mato-grossenses ou do próprio dono de Fumaça poderá impedir o animal de virar bife.
Ainda assim, a vaquinha online segue aberta caso alguém se sinta tocado pela história e queira doar. Clique aqui para fazer a sua doação.
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Amizade de vaca e humana: um laço forte e inexplicável
Em menos de 30 dias, a relação de amizade entre Fumaça e Liliane ficou tão intensa que as duas fazem tudo juntas e, agora, a presença do animal é fundamental para a felicidade da técnica de enfermagem. Além disso, o fato de Fumaça estar grávida torna a venda ainda mais cruel para a campo-grandense.
“Eu acordo e ela já está na porta me esperando, a gente toma café juntas, ouvimos música e fazemos devocional. Ela vai ser mamãe e não quero que seja vendida, ela não merece virar bife, eu não acho justo. Ela me ajudou na cura da ansiedade e da depressão e ainda tira os melhores sorrisos do meu rosto”, comenta.
Embora não seja vegana, a roceira expõe motivos de sobra para não querer que o abate desse animal aconteça. “Só quem fica perto dela entende a conexão. Não quero ter uma vaca para ter dinheiro, só quero que ela viva, tenha uma vida livre e continue trazendo alegria“, afirma.
“Esse sítio é do meu pai, ele tinha cedido uma casa pra gente morar em Campo Grande, mas nosso coração não é da cidade, a gente gosta de morar no mato, no meio dos bichos. É assim que eu e meu marido somos felizes. Fez 1 mês só que nos mudamos pra cá, chegamos e a Fumaça já estava, mas parece que conheço ela há uns 20 anos“, diz a técnica de enfermagem.
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