A história a seguir pode parecer surreal para muita gente, mas é o que narra uma empreendedora que acaba de entrar para o ramo dos doces caseiros em Campo Grande (MS).
Desolada, a maquiadora e agora pudinzeira Pamella Ferreira surgiu em suas redes sociais fazendo uma grave acusação: o motorista de aplicativo responsável pela entrega de um de seus pudins teria violado a embalagem, cortado um pedaço do produto e entregado a encomenda desse modo para a cliente que aguardava o doce.
O caso ocorreu neste domingo (27) e chegou a parar na delegacia. No entanto, a empresária afirma não ter conseguido registrar a ocorrência, pois foi informada de que só a cliente poderia prestar queixa por ter sido a “pessoa mais lesada na situação”.
“Estou tremendo de nervoso, tô dando graças a Deus que ainda não passei rímel, porque já chorei um monte. Enviei um pudim para minha cliente, lindo, maravilhoso, e o entregador simplesmente comeu o pudim, ele comeu o pudim”, contou a doceira, muito abalada, em seus stories.

Motorista avisou que iria comer, mas disse que era brincadeira
Na sequência, Pamella deu os detalhes da conversa com o motorista, que teria provocado e ameaçado comer a sobremesa do almoço de domingo de sua cliente.
“Quando fui entregar para o cara, falei ‘Moço, tem que ir devagar por causa da calda’. Ainda coloquei uma fita em volta, para garantir que não fosse cair. Aí ele falou ‘Não garanto que vai chegar inteiro’. Eu respondi ‘Pelo amor de Deus, um monte de gente carrega e chega certinho’. Então, ele me disse: ‘Tô brincando, não sei se vai chegar inteiro porque eu vou comer'”, narra a pudinzeira.
Imediatamente, Pam o repreendeu e foi avisada sobre uma suposta doença: ele reafirmou que tudo não passava de uma brincadeira e revelou ter diabetes. “Um diabético falando isso, eu nem posso comer”, teria respondido o homem.
A empreendedora, então, ofereceu-se a fazer um pudim diet e pediu que o motorista a seguisse no Instagram para ficar informado. Em seguida, ele saiu levando a encomenda. Minutos depois, quando o produto chegou, a cliente enviou fotos e avisou: “Pam, veio assim, faltando um pedaço”.
“O pudim simplesmente foi comido. O cara arrancou um pedaço do pudim que era para um almoço de família. Meu trabalho estava lindo. Estou machucada como fornecedora e estou machucada pela cliente. Não posso nem postar a placa do carro e a cara dele”, desabafou a doceira, aos prantos.

Pudinzeira rebate acusações de marketing
Nas redes sociais, o relato da campo-grandense comoveu muita gente. “Eu tô arrasada. Não pelo pedaço, mas pela falta de respeito, pela frieza. Pela sensação de que, pra algumas pessoas, nosso esforço vale nada. Pelo desrespeito para quem iria receber o pudim também…”, lamentou.
“Eu sou uma mulher que luta, que trabalha com as mãos, com o coração, que carrega nas costas a responsabilidade de fazer tudo dar certo. Não é só sobre vender um doce, é sobre sonhar, sobre pagar contas, sobre sustentar filhos, sobre colocar amor no mundo”, declarou a empreendedora.
Apesar da enxurrada de mensagens de apoio, houve quem duvidasse da história e a acusasse de marketing. “Eu fico triste, porque acredito que envolva o fato de eu ter muitos seguidores no meu Instagram de trabalho, muita gente não sabia que eu fazia pudim. Por outro lado, confesso que foi bom, depois de todas as minhas amigas me acalmarem e falarem que era pra eu ver pelo lado positivo”, diz ela ao Jornal Midiamax.
“Não imaginei que fosse dar essa repercussão toda. Está tudo bem as pessoas acharem que foi marketing, porque, por uma coisa chata que aconteceu, acabou que muita gente começou a conhecer meus dois perfis, infelizmente por uma situação dessa”, lastima a empresária, que entrou para o ramo alimentício de doces caseiros há menos de um mês em Campo Grande.
Aplicativos não fazem nada, denuncia pudinzeira
Em relação ao ocorrido, quem solicitou o carro de aplicativo foi a cliente de Pam. Diante dos fatos, a consumidora reportou o caso à plataforma de transporte pedindo providências, sem nenhum retorno até o momento.
“Eu acredito que essa situação tem que ser um alerta. Porque realmente são muitas pessoas e muitos relatos dizendo que pedem esse serviço e cancelam e somem com o produto, que comem a metade e tem a cara de pau de entregar mesmo assim. E os aplicativos não fazem nada”, finaliza a empreendedora.
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