Se deparar com onças-pintadas já é rotina para quem vive na área urbana da cidade de Corumbá, no coração do Pantanal de Mato Grosso do Sul. Por lá, os felinos já são praticamente moradores fixos de alguns bairros e, em um deles, os animais selvagens teriam feito um prédio abandonado de abrigo na hora da refeição.
É o que conta quem mora no bairro Generoso, onde uma ou mais onças têm frequentado a praça, invadido casas e devorado animais domésticos com frequência. Segundo os corumbaenses, os felinos teriam escolhido a construção abandonada de um hotel, logo à frente de um matagal, para desovar suas presas.
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As pintadas estariam usando o local como uma espécie de refeitório e cemitério de suas vítimas. Ali, estariam comendo as presas com segurança, sem serem incomodadas, e ainda deixando os restos mortais dos animais abatidos. “Está cheio de osso de cachorro nesse lugar”, declarou um vizinho.

Presença humana não tem inibido onças de aparecerem em “hotel”, diz vizinho
Durante viagem a Corumbá, a equipe do Jornal Midiamax esteve no hotel inacabado para conferir de perto se a denúncia é real. No entanto, ao chegar à construção, a equipe foi barrada por uma família que está ocupando uma parte do imóvel e impediu o acesso.
Apesar da presença humana em alguns cômodos, as onças não estariam se intimidando. Vizinho do prédio desativado diz que os felinos continuam sendo avistados no edifício.
“Elas entram ali no fundo. Por enquanto, ficaram só ali onde está aquele carro. Por causa dos cachorros que começam a latir, elas ficam ali pra baixo”, relata o caminhoneiro Jonatan Galvão, de 43 anos. “Quem vê mais é meu pai, ele desce a praça e sempre está vendo ela. De dia isso, mais ou menos umas 5h30, 6h da manhã”, confirma.

Moradores do bairro convivem com onças
O depoimento do caminhoneiro complementa o apelo de outros corumbaenses que moram no mesmo bairro. Ao Jornal Midiamax, vários deles contam que tiveram a rotina alterada e declararam estar vivendo trancados dentro de casa com medo da presença das onças.
Essa reclusão, voluntária, mas necessária, tem causado frustração e feito os residentes se sentirem em uma espécie de prisão domiciliar como forma de se proteger de algum incidente com o animal silvestre.
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