O coletivo TransCine – Cinema em Trânsito realizará a oficina Conte Sua História em quatro bairros de Campo Grande durante o mês de maio. A proposta envolve a capacitação de jovens da periferia para contar suas histórias de vida por meio do audiovisual.
As oficinas serão ministradas em turmas de 20 alunos, de 11 a 16 anos. Elas ocorrerão nas seguintes instituições e datas:
- Associação Familiar Comunidade Negra São João Batista, Bairro Pioneiros; entre 5 e 9 de maio, das 13h às 17h;
- Espaço Cultural Instituto Projeto Livres, Bairro Iracy Coelho; de 12 a 16 de maio, das 18h às 22h;
- Núcleo Humanitário da Nhanhá, Vila Nhanhá, de 19 a 23 de maio, das 18h às 22h;
- Projeto Socioeducativo Harmonia e Frutos, Jardim Columbia, de 26 a 30 de maio, das 13h às 17h;
Durante cinco dias seguidos, serão quatro horas de atividades diárias, em que os participantes irão aprender a construir um filme do início ao fim, utilizando o celular como principal ferramenta de produção.
Eles serão divididos em grupos e deverão fazer um curta-metragem totalmente original, baseado em vivências e experiências próprias.
A formação será conduzida pela diretora de fotografia Catia Santos, responsável por trabalhar os fundamentos da linguagem audiovisual, e por Laynara Rafaela, diretora e roteirista de cinema, que guiará os participantes na criação e estruturação de roteiros.
“Acredito em transformações que vão além do aprendizado técnico. Imagino um despertar de olhares mais atentos sobre o mundo, uma capacidade aprimorada de expressar sentimentos, e um florescer da autoconfiança ao perceberem o poder de suas próprias narrativas. Talvez alguns descubram ali uma vocação”, afirma Cátia.
Já Laynara Rafaela destaca a importância de tornar o conteúdo acessível e próximo da realidade dos alunos. “Vamos ensinar a estrutura de um roteiro a partir do que eles já conhecem: pensar uma história, imaginar uma situação, construir personagens baseados em vivências reais. Usamos a linguagem deles, do cotidiano, para mostrar que cinema também é feito de oralidade, de imaginação, e de possibilidades que estão ao alcance de todos”, explica.
O projeto conta com recursos da Lei Paulo Gustavo, do MinC (Ministério da Cultura), por meio de edital da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul).
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