A morte da brasileira Juliana Marins, que praticava esporte em altura na Indonésia, quando houve uma queda, na última semana de junho, ainda repercute e causa muita tristeza entre os praticantes. Aqui em Mato Grosso do Sul, os defensores dizem estar solidários com a dor da família e continuam a defender a escalada ressaltando o quanto é seguro.
“Eu sou apaixonado pelo esporte, gosto de vários, porém, a escalada é o que eu mais tenho praticado aqui na região de Campo Grande, Palmeiras e Piraputanga, é uma paixão, não só adrenalina, tem o fato da gente estar subindo, ficar muito alto, pendurado por uma corda e se desafiando, mas eu gosto muito também da questão da interação com a natureza, estar no mato e poder realmente interagir, saindo desta loucura da cidade”, argumentou Miguel Ángel Aguilar, de 45 anos, guia de turismo e networker.
De acordo com Miguel, que é natural de Santiago, no Chile, a intenção era vir para Mato Grosso do Sul somente para aprender português, mas, as belezas naturais o fizeram permanecer, desde 2011. “No meu caso, gosto também de escalar de noite. Sinto que proporciona diferentes sensações e é um pouco intimidante, mais do que o normal. E nos proporciona muitas belezas, sinto uma sorte enorme ao ver o céu estrelado”, argumentou.
‘Me sinto pequeno e efêmero quando olho para o céu’, diz Miguel
Recentemente, o chileno conta que fez um curso de astroturismo também, principalmente por se interessar pelo tema. “As estrelas, as constelações, gosto bastante, é algo que me intimida. E nesses passeios o fotógrafo estava junto, com uma câmera, lente apropriada e ainda fez a foto sem tripé, ficaram incríveis, mostraram ainda mais a sensação que a gente tem, é paixão mesmo, é entender também que a gente é pequeno e efêmero quando olha para o céu”, comentou.
Por fim, o chileno comenta que a escala é uma “experiência recomendável para todo mundo” e não só para quem já escala. Aliás, Miguel fala que o esporte o fez permanecer aqui. Inicialmente, pretendia ficar somente três anos no Brasil, mas estendeu a viagem muito mais do que imaginava, ainda mais ao conhecer a mãe de sua filha, no Mato Grosso do Sul.
“Aqui tem muitos locais, em Campo Grande, Piraputanga, Bodoquena, Bonito, Rio Negro, muitos lugares. Conheço mais pessoas que se machucaram jogando futebol do que escalando e acho até que é mais seguro do que sair na rua, porém, na escalada, a gente tem de fazer todos os procedimentos, com muito conhecimento e atenção, para diminuir as ações inseguras”, finalizou.
Confira as imagens da escalada noturna em MS:



