Com a morte do caseiro Jorge Avalo, que teria sido atacado e devorado por uma onça-pintada em Mato Grosso do Sul, a ONG Onçafari divulgou um levantamento que reforça: humanos não fazem parte da cadeia alimentar da espécie.
Realizado em um período de nove anos, monitoramento a longo prazo conseguiu identificar e listar o que a população de onças-pintadas mais come na reserva ecológica do Hotel Caiman. A região é conhecida pela abundante presença da espécie e pela atuação da ONG Onçafari no monitoramento dos felinos na natureza.
Localizada no coração do Pantanal sul-mato-grossense, em Miranda (MS), a área onde a alimentação das onças foi analisada por quase uma década é vizinha do pesqueiro Touro Morto, no Parque Estadual do Rio Negro, onde um exemplar teria predado o caseiro de 60 anos no dia 21 de abril. Veja no mapa:

Mas, afinal, o que as onças mais comem no Pantanal de MS?
Os dados foram coletados de 2015 até junho de 2023 e indicam que a dieta das onças da reserva varia dependendo da localidade e da disponibilidade de presas, mas inclui tanto mamíferos e répteis de pequeno porte quanto capivaras, jacarés, veados e demais animais de médio e grande porte.
E por falar em jacarés, eles ocupam o topo da lista de presas silvestres mais comuns: foram 255 avistamentos de onças-pintadas devorando o réptil. Em seguida, as capivaras, com 79 observações ao longo dos anos. As queixadas aparecem em terceiro, com 49 predações.
Veja o gráfico com os dados completos:

No topo da cadeia alimentar, onças do Pantanal podem se alimentar de mais de 85 espécies
Conforme a Onçafari, as onças ocupam o topo da cadeia alimentar e desempenham um papel fundamental no equilíbrio dos ecossistema, pois regulam o tamanho das populações de diversas espécies.
Excelentes predadores, esses felinos são mamíferos estritamente carnívoros. Com um vasto cardápio à disposição na natureza, podem devorar mais de 85 espécies de animais. Versáteis, conseguem buscar e capturar alimento na terra, na água e até no alto das árvores.
O modus operandi da caçada costuma seguir um padrão: geralmente, mordem as presas na base do crânio, na parte de trás do pescoço, mas também podem sufocá-las mordendo o focinho.

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