Metade do ano já se foi, e eu pergunto: você se lembra de alguma promessa que fez na virada? Cumpriu alguma? Ou nem se lembra? Por aqui, tem alguém que olhou uma foto de fim de ano e, chorando, disse que levaria a sério uma dieta, no ano de 2025. E cumpriu, contabilizando, até o momento, menos 30 kg e uma disposição que não via há tempos.
Esta pessoa se chama Elaine Regina Paes da Silva, de 43 anos. Assessora política, sempre teve uma vida acelerada, a qual concilia com marido e quatro filhos, com idades entre 21 e 3 anos, sendo a última descoberta de gravidez na pandemia. Desde então, manteve o sobrepeso; porém, o maior susto foi quando a balança apontou 115,9 kg.
‘Tive uma fé decidida para cumprir com o meu desejo’, diz Elaine
“Cheguei a um ponto em que precisei olhar e cuidar de mim, como cuido dos meus filhos, da minha casa e do meu chefe. E isso aconteceu no mês de janeiro, logo depois de ter feito a promessa no fim de ano. Eu tive uma fé decidida para realmente começar e cumprir com este meu desejo. Na época, estava me sentindo super mal, com a saúde comprometida e roupas apertadas, com a autoestima superbaixa, também, e precisando de mais qualidade de vida”, argumentou.
No momento de tirar fotos, Elaine relembra que fugia ou procurava o melhor ângulo. “Daí eu pensei: ‘Isso tem que mudar’. Tem até uma imagem, feita no fim do ano, no sítio do meu pai. Minha irmã tirou; na hora eu não vi como ficou, fui ver só depois, na galeria. E, para te falar bem a verdade, chorei bastante e refleti: ‘Meu Deus do céu, está parecendo que estou grávida novamente. E eu ali, com o meu bebê do lado”, disse.
Foi aí que Elaine precisou aprender a ter disciplina. “Não tinha, hoje me considero disciplinada. Mas, antes, não tinha este foco; então, precisei decidir por acompanhamento profissional, fazer meus exames e assim foi. Minha nutróloga, além do plano alimentar, também me deu algumas medicações, e tudo foi necessário para eu entender que obesidade é uma doença e precisa ser tratada como tal. As pessoas falam: ‘Tomar remédio é fácil para emagrecer’. Não é, não é fácil ter diabetes tipo 2, que é o que eu já tinha, estar com os hormônios todos desregulados, gordura no fígado e mudar os hábitos, alimentação e estilo de vida”, ressaltou.
Neste processo, Elaine argumenta que a decisão mais difícil foi ficar zero açúcar. “Sou doceira, amo um chocolate, amo um docinho, e no ambiente que a gente vive, político, sempre tem um coffee break, um jantar, um almoço; então, tive que me adaptar a tudo isso e ter muito foco pra me manter no objetivo. Na minha Páscoa, por exemplo, não teve chocolate. Eu comecei em janeiro e tive a minha primeira refeição livre no último final de semana, quando fui ao Paraguai e comi em um fast-food, já que não tinha opções saudáveis; então, foi sem culpa, principalmente, porque me mantive firme nos últimos seis meses. É motivo de orgulho para mim”, argumentou.
Posts a fazem ter maior compromisso com a dieta
Outra dificuldade que a assessora enfrentou foi fazer atividade física. “É a minha maior dificuldade no momento, porque eu realmente tenho um dia bem corrido, mas eu, sempre que posso, incluo umas caminhadas e uma corridinha também. Não consigo correr muito, o joelho dói, mas eu sempre incluo isso. Sempre que tenho oportunidade, estou no parque caminhando, aproveito e levo as crianças para passear e estou cuidando de mim com muito carinho e com aquele amor, assim, que eu mereço”, disse.
Na alimentação, Elaine fala ainda da retirada do arroz de sua dieta. “Eu tenho focado em comer legumes, verduras, proteína, incluir o whey na minha vida, que acho uma delícia; então, estou sempre postando fotos, tudo com muito capricho e com uma apresentação bonita. Isso me anima também. Procuro viver este universo, mudança e estilo de vida, então, tenho prestado mais atenção nas coisas que consumo e até em lugares que eu vou. Com isso, ganhei muita qualidade de vida e estou me sentindo mais disposta, animada, mais feliz e mais realizada, inclusive, como mulher, que a autoestima é outra”, opinou.
Antes, Elaine fala que não fazia dieta alguma. “O dia a dia ia me consumindo e não pensava nisso. Só que, desta vez, eu desejei com muita força, ardentemente mesmo, principalmente para me sentir uma mãe melhor, uma mulher mais realizada e para trabalhar em campanha eleitoral no próximo ano. Minha meta incluiu fazer o meu check-up de exames e assim ter um diagnóstico e uma meta a ser seguida. Precisamos ter os nossos exames hormonais, metabólicos, tudo para termos um ponto de partida. Inclusive, fui fazer uma terapia”, disse.
Agora, recentemente, conseguiu um marco importante: menos 30 kg na balança. “Fiquei emocionada, porque a gente acha que não é capaz, que não consegue, então, alcançar isso na minha idade foi desafiador, gostoso, porque eu vi que é possível. Eu vi que a gente precisa se olhar com amor, merecimento, para alcançarmos; e aí eu me cerquei de pessoas que estavam preparadas para me proporcionar isso: procurei ajuda profissional, fiquei ao lado de amigas que me incentivaram no trabalho. Meu marido começou a se cuidar, minha filha Maria Clara, de 14 anos, foi se motivando também, ela já tem essa vibe, é supercuidadosa”, explicou.
No serviço, Elaine fala que ela e os colegas eram acostumados a “levar um monte de porcaria para comer”, mas tudo mudou. “Tudo muda quando você muda. E, se eu puder deixar uma mensagem de inspiração para quem está buscando força, é se cercar de alimento e também informação que têm a ver com o seu objetivo. Estou superfeliz, porque a gente busca tanto inspiração para viver e é muito gostoso quando a gente se torna uma”, ressaltou.
Por último, Elaine fala de uma questão genética na família, já que a mãe faleceu aos 54 anos, por conta de um câncer na medula óssea. “E meu pai, em 2023, enfrentou um linfoma, que é um câncer no sistema linfático; então, isso tudo também foi um fator decisivo para eu passar por um processo de emagrecimento, este fator hereditário que eu tenho. É por isso que estou com os meus suplementos e até balas de gelatina para matar a vontade de doce”, finalizou.
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