Capturado nas dependências da Suzano, fábrica de celulose instalada em Mato Grosso do Sul, um enorme tatu-canastra completou 2 meses de monitoramento. Encontrado em uma área dentro da empresa, o animal de tamanho acima do padrão passou a ser protegido pelo Icas (Instituto de Conservação de Animais Silvestres) e pela própria gigante da celulose. A união que visa garantir a segurança e a preservação da espécie no Estado.
Maior que muito ser humano, o tatu é uma fêmea adulta, com aproximadamente 37 quilos e 1,52 metros. A captura feita em março, e o exemplar foi submetido a exames clínicos. Segundo a equipe, incluíram hemograma, análises bioquímicas hepáticas e renais, coleta de fluidos nasais e orais, além da coleta de amostras de fezes para avaliação de sua saúde.

Além disso, a fêmea recebeu um transmissor GPS que fornece informações valiosas sobre seu comportamento. De acordo com o biólogo Gabriel Massocato, do Programa de Conservação do Tatu-canastra e do Icas, o passo é essencial para avançar no conhecimento sobre a espécie e desenvolver estratégias de conservação mais eficazes.
“Com a captura do primeiro indivíduo na área da Suzano, iniciamos o monitoramento do deslocamento da espécie em um ambiente composto por Cerrado e plantações de eucalipto. O objetivo é conservar o tatu-canastra, independentemente de onde ele esteja”, ressalta.
Conforme o profissional, as plantações de eucalipto são uma realidade no estado e estão em expansão. Por isso, ao compreender o comportamento da espécie nessas áreas, será possível otimizar os corredores ecológicos, promovendo a conectividade e permitindo a circulação dos animais com mais segurança.
“Canastras e Eucaliptos”
Vale lembrar que a ação faz parte do projeto “Canastras e Eucaliptos”, iniciado em abril de 2024, em uma parceria entre o Icas e a gigante da celulose. Os trabalhos de campo começaram em julho e incluíram o reconhecimento da área, a busca por vestígios do tatu-canastra e a instalação de armadilhas fotográficas.
A Suzano possui uma área florestal de 808,469 mil hectares em Mato Grosso do Sul. Há 249,807 mil hectares destinados exclusivamente à conservação da biodiversidade. Nessas áreas, já foram identificadas mais de 1,5 mil espécies: 770 plantas, 388 aves, 136 artrópodes, 92 mamíferos, 68 peixes 61 répteis e 41 anfíbios.

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