Imagine só, ser conhecido como sobrevivente de um ataque de onça e, na verdade, ter “sentido o fim da vida” em um ataque de capivara. É o que aconteceu com o pescador esportivo, Anderson Guedes, em Mato Grosso do Sul.
Parecem histórias de pescador? Até parecem, mas não são! Anderson possui cicatrizes dos ataques, sendo o mais recente o de capivara. Ao Midiamax, o homem detalhou a história de quando sobreviveu a um ataque de onça-pintada.
O episódio aconteceu há 20 anos, quando o influencer pescava em fazenda da Amazônia. Porém, as lembranças voltaram à tona após a morte de Jorge Ávalo, 60 anos, atacado por onça no Estado, em 21 de abril.
Enquanto o ataque da onça terminou com dedos despedaçados, coxa rasgada e furos de garras pelas costas, o da capivara deixou marcas nas palmas das mãos e costelas.
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Véspera de Natal
O ataque de capivara aconteceu na véspera do Natal há poucos anos, em propriedade da família. Mais uma vez, o influenciador digital estava pescando quando ocorreu a situação.
“Uma linha enroscou, entrei da água para desenroscar, uma capivara vinha com os filhotes descendo o rio e ela trombou em mim”, lembrou Anderson.
Assim, o ataque começou de forma violenta. “Mordeu na cintura, quando ela me mordeu, me puxou e nós dois fomos levados pela correnteza. Eu fiquei preso com ela num pau”, contou.
O tronco estava preso no rio e acabou prendendo os dois. O que são memórias de aflição hoje, foram momentos de tensão na época.
“Eu não consegui sair, ela ficou lá me mordendo e não soltava. Quando eu meti minha mão para soltar, ela mordeu minha mão. Meu braço ficou torcido e a gente ficou embaixo d’água lá, eu e a capivara”, detalhou a luta corporal que tentou travar.

Pior que ataque de onça
Com o peso da capivara e a capacidade de fôlego maior, o animal tentou afogar Anderson. O que quase aconteceu, já que o pescador diz ter sentido o “fôlego acabando”.
Ao contrário do ataque de onça, desta vez o pescador “viu a vida passar pelos olhos”. “A capivara foi pior, porque a capivara eu vi o meu tempo se acabando, estava no escuro embaixo d’água e o seu fôlego determina.
O tempo que você tem de vida, você sabe ali, que não tem muito tempo, porque você vai vendo que o seu ar vai acabando”, tentou descrever a sensação.
Porém, a reviravolta do ataque foi quando Anderson atingiu os olhos do animal. “Já tava no último fôlego da vida, já tava desistindo mesmo. Mas eu consegui puxar ela um pouquinho e com a minha outra mão eu apertei os olhos dela”.
Logo, a capivara abriu a boca e foi o instante em que Anderson aproveitou para subir até a superfície. “Ali eu consegui ir voltando a minha respiração, mas com a capivara eu falo pra você que foi assim a pior sensação, a pior coisa que eu já passei na minha vida estourado na frente da onça”, destacou.
Por fim, Anderson lembrou ainda que a história acabou virando piada interna da família. “Depois que isso tudo passou, até o meu irmão, os meus pais, eles falam que ‘não morreu com uma onça, mas quase morreu com uma capivara”, brincou.