Dono joga até vinagre e limão para manchar fusca ‘lapidado por ratos’
Proprietário revela simbolismo por trás do veículo e diz que seu fusca é igual cachorro. Carro tem despertado curiosidade nas ruas de Campo Grande
João Ramos –
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A relação de Michell Caruaru com seu Fusca 1979 é diferenciada. Além de tratar o veículo como se fosse um cachorro, o publicitário realiza cuidados especiais notáveis na lataria do carro, que não passa despercebido nas ruas de Campo Grande (MS).
Para quem já viu o Fusca exótico por aí e tinha alguma dúvida: sim, o automóvel pertence a um morador da Capital sul-mato-grossense e foi customizado pelo mesmo para rodar não apenas na cidade morena, mas também viajar pelo Brasil.
Com um crânio de dinossauro acima do para-brisas, pintura manchada, lataria desgastada e vários outros detalhes, o carro se destaca como modelo único e inusitado, mas, essas mesmas características deixam quem o vê na rua com a pulga atrás da orelha.
Afinal, o que significam todos os adereços malucos que despertam curiosidade? E, principalmente, por que o dono o mantém com aparência “largada”? Ao Jornal Midiamax, Michell revela todo o simbolismo por trás de seu excêntrico Fusca e explica que a intenção é essa mesma: o visual “desleixado” é totalmente proposital.
Fusca “lapidado por ratos” e ligação especial com o dono
Conforme o publicitário, seu veículo segue o estilo “rat look”, “que leva os outros a pensarem que quem cuida do carro são os ratos, um negócio meio ratão, meio nojento”, esclarece. De acordo com ele, o design dos carros que aderem o gênero têm aparência envelhecida, com traços de ferrugem, pintura queimada e aparência inacabada – tal qual seu Fusca.
Assim, cuidar do veículo quase diariamente para mantê-lo com o aspecto descuidado é um dos hobbies de Michell, que tem uma ligação especial com o automóvel.
“Comprei esse carro em maio de 2020. Eu me dei de presente. Ele nasceu no mesmo ano que eu, nós temos 45 anos, somos de 79. Sou até mais velho que ele porque, pela documentação, ele foi fabricado em julho e eu nasci no dia 10 de maio”, relata ao MidiaMAIS.
Orgulhoso da identidade que conseguiu construir para o automóvel nesses cinco anos, o proprietário garante que “o prazer que dá é você poder alterar o carro a qualquer momento”. Então, de forma frequente, ele vai customizando a seu modo. Sem muito critério, acrescenta o que vê pela rua ou simplesmente “dá na telha”.
“Ele agora tem uma plaquinha que coloquei no teto e capta energia solar. Como eu já tinha colocado uma entrada de ar, ele tem energia eólica e energia solar, além de ser um Fusca sustentável. Os acessórios em volta dele é o que eu vou achando na rua. Sou marceneiro de hobby, publicitário de profissão, músico também e batuco muito no carro”, ressalta.
Veja por dentro do Fusca:
Vinagre, limão, cabeça de dinossauro, pancadas e cortes: tudo o que Michell já fez no Fusca exótico
Metaforando, o proprietário diz: “Sou todo tatuado e vou tatuando meu carro, só que a tatuagem de carro é o envelhecimento. Você dá uma pancada nele com martelo, ele entorta e fica bonito, depois você pega um serrote, corta um pedaço do ferro e costura com uma cordinha pra parecer que foi sem querer, aí fica parecendo que é um machucado do carro. Joguei várias vezes vinagre e limão pra poder gastar a pintura dele“, detalha, sobre o (literal) acabamento.
Esclarecendo uma das principais dúvidas a respeito do significado das peças que compõem o visual do Fusca, Michell Caruaru conta que a cabeça de dinossauro, no centro da parte dianteira do veículo, foi comprada há pouco tempo. “Isso é um kit de um brinquedo de criança, eu entrei numa farmácia e quando vi já pensei que caberia exatamente ali no Fusca, como se fosse a cabecinha guia de um tiranossauro rex“, revela.
Para ele, atualmente, o carro já passa do modelo modelo rat look e, apesar do visual “caindo aos pedaços”, o veículo está 100% legalizado e em pleno funcionamento.
“Estou tentando transformar ele no modelo mad max [apocalíptico], de carro mais largado. Mas tudo nele funciona, é um carro que bate e liga de primeira, é documentado certinho, tem toda função pra me levar onde eu quiser e viajar com ele. A depender do conforto que eu esteja disposto a passar, consigo fazer viagens normalmente”, afirma.
“É igual cachorro, tem que levar pra fazer cocô e xixi”, diz dono sobre Fusca
O publicitário ainda compara seu carro a um animal de estimação, que precisa fazer necessidades. “O Fusca é um carro muito bom e é muito fácil de fazer manutenção. Eu só tenho ele e um carro convencional para o meu dia a dia, mas ando com meu Fusca todos os dias. Ele é igual cachorro, tem que levar pra fazer cocô e xixi, senão ele para de andar. Realmente, não estou brincando. Fica meio ruim de dirigir quando fica dois ou três dias parado. Ele endurece, fica ruim para ligar, o Fusca tem disso”, salienta.
Natural de Pernambuco, Michell Caruaru vive em Campo Grande desde 2000, mas já passou por outras 7 capitais do Brasil. “Adotei Campo Grande pra ser minha cidade porque acho isso aqui fantástico, sou fascinado pela natureza, pelas pessoas de Campo Grande, as oportunidades que a cidade dá pra quem vem de fora. E sou muito feliz por estar aqui já há 25 anos”, celebra.
E é na Capital sul-mato-grossense que ele coloca seu carro especial para desfilar diariamente, chamando a atenção de muitos. “Gosto muito do que faço, cuido do meu Fusca por hobby e todos os dias tento incrementar algo a mais nele“, finaliza.
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