De volta à natureza: Tamanduá ‘Luizinho’ é solto após sobreviver aos incêndios no Pantanal
Tamanduá será monitorado por dois anos e seu genoma será referência para animais de mesma espécie
Monique Faria, Graziela Rezende –
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Vítima dos incêndios no Pantanal em 2024, o tamanduá ‘Luizinho’ foi devolvido à natureza, na manhã desta terça-feira (07). Nos últimos meses, o animal passou por tratamentos necessários, o que possibilitou a sua reinserção ao seu habitat natural.
Luizinho foi um dos setes tamanduás resgatados em meio aos incêndios, em agosto do ano passado. Contudo, foi o único sobrevivente deles. Com as quatro patas e mais de 30% do corpo queimados, o tamanduá foi levado para a base de campo da Aguapé, onde recebeu cuidados.
Assim, após passar por todo tratamento, o animal está de volta à natureza. A equipe do Instituto Tamanduá, responsável por cuidar de Luizinho, agora o soltou no mesmo local do resgate. “Chegou o grande dia! O Luizinho vai voltar para a natureza, depois de ter sido resgatado”, celebrou a professora e fundadora do Instituto tamanduá, Flávia Miranda.
“Esse animal é um guerreiro, ele é muito forte. A Caiman pegou fogo em 80% da propriedade e a gente encontrou e resgatou o Luizinho nos 3 ou 4 dias finais do incêndio. Ele estava muito debilitado, desidratado, com boa parte do corpo queimado. E junto com nossos parceiros do governo do estado de Mato Grosso do Sul, e Ibama, nós fizemos o tratamento de ponta, com pele de tilápia, e com medicamentos utilizados em humanos, inclusive”, explicou a professora.
Genoma de referência
Segundo Flávia Miranda, Luizinho receberá monitoramento por dois anos, com o auxílio de um dispositivo eletrônico. Assim, com o método será possível saber se o tamanduá se adaptou bem retornando à natureza. Além disso, o genoma do animal será mapeado por uma pesquisa na Alemanha, se tornando referência para outros de mesma espécie.
“Ele está bem e vai voltar agora para a natureza. O processo agora é colocar um rádio-colar porque a gente vai monitorar esse animal por mais dois anos, para ver se ele se adapta de novo à região. E o mais interessante, é que a gente está fazendo aqui no Brasil pesquisas de ponta. A gente tem uma parceria com o Instituto da Alemanha, onde a gente está fazendo sequenciamento do genoma e o Luizinho vai ser o genoma de referência para essa espécie no mundo”, concluiu.
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