O projeto “Olubayo – Cinema nas Comunidades Quilombolas” vai até a Associação da Comunidade Negra Quilombola Rural Furnas do Dionísio, no município de Jaraguari, neste domingo (9). A sessão de cinema gratuita ocorre às 19h.
Idealizado pelo grupo TEZ (Trabalho Estudos Zumbi), o projeto busca levar a magia do cinema para comunidades quilombolas do Mato Grosso do Sul, proporcionando momentos de cultura, reflexão e reconexão com a ancestralidade.
Nesta edição, serão exibidos cinco curtas-metragens assinadas por cineastas negros. Dessa forma, os produtos audiovisuais abordam temas como identidade, resistência e a valorização da cultura afro-brasileira.
Os curtas são: “Fábula da Vó Ita”, de Joyce Prado; “Bonita”, de Mariana França; “Luzes Debaixo”, de Tero Queiroz; “Águas”, de Raylson Chaves; e “Jardim de Pedra – Vida e Morte de Glauce Rocha”, de Daphyne Schiffer.
Além disso, ao final de cada sessão, há um debate sobre os temas abordados, a fim de estimular uma troca de experiência entre os participantes.
Raylson Chaves, diretor do curta “Águas”, destaca a potência de exibir sua produção em uma comunidade quilombola.
“Levar meu filme às comunidades quilombolas do Mato Grosso do Sul é reafirmar que nosso cotidiano importa muito e está cheio de histórias. Possibilitar que as pessoas vejam a Dona Janice romper com a ideia de que mulheres negras precisam se dedicar ao trabalho incansavelmente é potente e transgressora. Quando nossas histórias são feitas por nós, criamos caminhos possíveis para todos os corpos negros”, pontua.
Sobre o projeto Olubayo
O projeto Olubayo foi criado como uma das atividades de comemoração dos 40 anos do grupo TEZ. Desde 1985, o coletivo atua no combate às desigualdades sociais e na valorização da história e cultura afro-brasileira.
Além disso, é a primeira entidade do movimento negro no Mato Grosso do Sul. Desde então, é referência na luta por ações afirmativas e políticas públicas que valorizem a identidade negra.
Assim, o projeto Olubayo conta com financiamento da Lei Paulo Gustavo, do MinC (Ministério da Cultura), com apoio da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul).
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