Com paralisia cerebral e três graduações, Caio comemora início da carreira como jornalista

Caio Henrique é bolsista do Bioparque Pantanal e tirou registro profissional no fim do ano passado

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Caio Henrique. (Reprodução, Instagram)

Caio Henrique, 26 anos, acaba de assinar sua primeira matéria como jornalista. Com paralisia cerebral, o jornalista é bolsista do Bioparque Pantanal e possui três graduações, além de ser escritor e palestrante.

Com tanta determinação, Caio se tornou exemplo de como a inclusão de PCDs (Pessoas com Deficiência) no mercado de trabalho contribui para uma comunidade mais justa, produtiva e representativa. Assim, sua maior missão é deixar um legado que vá além de suas limitações, além de mostrar que as pessoas com deficiência merecem reconhecimento por suas habilidades.

“Através do jornalismo, encontrei meu espaço e minha paixão, que, a cada dia, me transformam em um profissional realizado, dedicado a lutar pela inclusão social de múltiplas formas. Dou sempre o melhor de mim em todas as informações que levarei para a humanidade […] Sou pessoa com deficiência e jornalista”, escreveu em sua rede social.

Caio tirou o registro de jornalista em dezembro de 2024. Antes disso, em 2021, ele lançou seu primeiro livro, intitulado ‘O Diário do Caio Henrique – Uma história de persistência e conquista’. A obra compartilha sua trajetória de superação e determinação. Além disso, o jornalista compartilha sua rotina em seu perfil do Instagram.

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Uma publicação compartilhada por Caio Henrique Romero – DCH ♿🎥 (@diariodocaiohenrique)

Bolsistas do Bioparque refletem compromisso com a inclusão

Além de Caio, o Bioparque tem como bolsista o quadrinista Pipo, autista nível 2 de suporte, que criou uma história em quadrinhos sobre a origem dos dinossauros. O quadrinho desenvolvido por Pipo mostra, de forma lúdica e criativa, a história dos dinossauros. A obra é pensada para ser acessível e cativante para públicos diversos, incluindo crianças, adultos e pessoas no espectro autista.

Héctor também faz parte da equipe. O jovem autista atua na área de manejo veterinário e participa de toda a rotina do trabalho, com o acompanhamento de um profissional. Sua dedicação e compromisso demonstram a importância de oportunidades inclusivas no mercado de trabalho.

Bolsista do Bioparque, Pipo. (Divulgação)

Inclusão é um dos pilares do Bioparque

Um dos pilares formadores do Bioparque é a inclusão. Ao todo, o local recebe diariamente cerca de 2 mil visitantes. Assim, dentre as ações voltadas para o público neurodivergente e com deficiência, estão:

  • Abafadores de ruído e cordões de identificação universal para visitantes sensoriais.
  • Mapas sensoriais com estímulos comuns do percurso e sala de acomodação sensorial.
  • Tecnologia assistiva com narrativa visual para autistas não verbais.
  • Cadeiras de rodas, intérpretes de Libras e audiodescrição nos tanques.
  • Experiência tátil e sensorial e canal exclusivo para atendimento prioritário.


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