Pesquisa sobre hábitos culturais nas capitais brasileiras, publicada na última terça-feira (4), apontou que grande parte dos campo-grandenses nunca teve acesso a diversas atividades, como assistir a concertos, teatro, saraus e ir a museus. O estudo foi realizado pelo Ministério da Cultura, e traça o panorama do consumo cultural nas 27 capitais brasileiras.
Na coleta de dados, realizada pelo Instituto Datafolha, foram entrevistados 19,5 mil pessoas com idade acima de 16 anos. O levantamento aconteceu no período de fevereiro a maio de 2024.
Com o resultado da pesquisa é possível identificar as desigualdades no setor cultural, bem como os avanços, quando feito o comparativo com dados anteriores. Assim, comparando aos números de 2017, a nova pesquisa mostra uma queda no consumo de quase todas as atividades culturais. A exceção são para os jogos eletrônicos, que cresceram significativamente.
A pandemia de Covid-19 é apontada como um dos principais fatores para essa redução, por refletir mudanças de hábito, como atividades de lazer mais caseiras. Dessa forma, muitos brasileiros desenvolveram costumes de ler mais (62%) e de consumir jogos eletrônicos (51%). Soma-se a esse fator, a redução de renda nesse período, que impactou diretamente no consumo de lazer.
Consumo de livros e jogos eletrônicos em Campo Grande
Fazendo o recorte da capital sul-mato-grossense, dados da pesquisa revelam que 47% das pessoas leram algum tipo de livro nos últimos 12 meses. Em contrapartida, 26% nunca leram um livro. Quanto a feiras de livros, apenas 9% revelaram ter ido no último ano. E do total entrevistado, 73% confessaram nunca ter frequentado esse tipo de evento.

Nas bibliotecas, 15% dos campo-grandenses responderam que foram a uma no último ano. Contudo, 48% nunca frequentaram esse tipo de local. Em relação ao grau de escolaridade dos entrevistados que responderam nunca ter ido a uma biblioteca, 76% possuem até o ensino fundamental completo.
No quesito jogos eletrônicos, 34% responderam ter tido contato nos últimos 12 meses, sendo 39% homens e 29% mulheres. Entretanto, 54% afirmaram que nunca tiveram acesso aos jogos em tablets, computadores ou smartphones, sendo 45% homens e 63% mulheres.
A respeito dos cinemas, os números foram mais positivos: enquanto 21% disseram nunca ter tido a experiência, 42% afirmaram que assistiram pelo menos um filme nas telonas, no último ano. No recorte por classe social, a maior porcentagem dos que responderam ter ido ao cinema nos últimos 12 meses pertence à classe B (61%).
Maioria dos campo-grandenses desconhece lugares históricos e museus
Quanto a visitar locais que guardam a história, como museus e lugares históricos, os dados mostram que, no geral, os campo-grandenses não têm acesso a esse tipo de atividade. Assim, 66% nunca foram a um museu, enquanto 53% nunca frequentaram lugares históricos.
Além disso, os que costumam fazer esse tipo de passeio são na maior parte pertencentes à classe social B. Em relação a assistir concertos, 89% nunca tiveram a experiência. Os que afirmaram que assistiram nos últimos 12 meses (2%), pertencem às classes sociais B e C.
A porcentagem de pessoas que nunca foram a um sarau também é elevada, sendo 85% dos entrevistados. Além disso, 64% nunca assistiram a uma peça de teatro. Nas duas atividades, os entrevistados que responderam consumir esses tipos de lazer, são das classes sociais B, C, D/E.

Shows e festas populares estão entre atividades mais consumidas
Quando o assunto é shows, 33% dos campo-grandenses assistiram a um show musical nos últimos 12 meses. Contudo, a mesma porcentagem nunca compareceu a eventos deste tipo. Festas populares também aparecem como as atividades que mais foram frequentadas no ano anterior à coleta de dados. Assim, 30% afirmaram ter ido a algum festejo popular.
Apresentações de dança e circo, em contrapartida, tiveram porcentagem expressiva entre os que nunca tiveram acesso às atividades, 45% nunca foram ao circo e 62% nunca assistiram a um espetáculo de dança.
Para ter acesso à pesquisa completa, basta clicar no link.
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