A paixão pela dança começou a aflorar aos 13 anos, quando Andressa Espíndola, atualmente com 40, teve o primeiro contato com o estilo Street Dance e Hip-Hop. Ao lado da irmã, formaram as “gêmeas da dança”, porém, antes, percorreram o Estado levando dança em espetáculos e festivais, promovendo a cultura e o saber. Agora, após 25 anos de experiência, inaugura um projeto para crianças carentes de Campo Grande.
Retomando ao passado, foi no ano de 2018 que Andressa se despediu do trabalho em grupo e optou pelo ensino. Ao todo, foram mais de 50 espetáculos em que atuou como coreógrafa. Mesmo assim, a “dançarina da infância” continua a viver, na agora professora de educação física, com o projeto “Dança Infância – Transformando Vidas Através da Arte”.

Projeto ensina dança de forma gratuita, para crianças de 8 a 15 anos
Voltado para crianças vulneráveis da periferia da Capital, de 8 a 15 anos, teve oficinas gratuitas para 45 alunos, de street dance, hip hop e breakdance, durante sete semanas, com duas horas de aula por semana, com a intenção de desenvolver habilidades físicas e artísticas, além de promover a autoestima, confiança e integração social.
O projeto teve aprovação da Lei Paulo Gustavo e tem a inclusão social como um dos pilares fundamentais, sendo que conta com uma equipe de profissionais PCD (Pessoas com Deficiência), incluindo Filipi Silveira (produtor audiovisual) e Aline Rezende (produtora executiva), além de acessibilidade e contratação de intérprete de libras.

“O Projeto Dança Infância vem de encontro à grande necessidade das crianças que vivem em regiões periféricas extremamente isoladas e cujas famílias não possuem rendimentos suficientes para proporcionar atividades extracurriculares a seus filhos; o projeto surge não como uma forma de assistencialismo a essas famílias, mas como um braço do estado que muitas vezes não consegue abarcar toda a população pelos seus meios. Para Andressa, coordenadora e professora do projeto, a criança que dança trabalha a musculatura, fortalecendo-a, estimula a coordenação motora, flexibilidade, postura, tem maior consciência corporal, noções de espaço e melhora na sua integração social”, finalizou Espíndola.
Serviço:
A apresentação final ocorre neste sábado (3), às 17h30, no Teatro Allan Kardec, localizado na Avenida América, 653, Vila Planalto, em Campo Grande.

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