Aos prantos, Liliane tenta impedir que vaca Fumaça seja vendida: ‘ela não merece virar bife’
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“Eu me apaixonei por ela à primeira vista”. Completamente apegada à Fumaça, uma vaca que vive em seu sítio, a técnica de enfermagem Liliane Bezerra tenta impedir que o animal seja vendido. É que, apesar de estar na propriedade pertencente a seu pai, Fumaça é do antigo dono do terreno, localizado entre Campo Grande (MS) e Terenos. Agora, ele fechou um negócio e já avisou que a bovina está com os dias contados.
Ao Jornal Midiamax, Liliane Bezerra conta ter se mudado recentemente para o local. Quando chegou à propriedade, enfrentava depressão severa e crises de ansiedade, mas o convívio com Fumaça foi uma espécie de remédio para as dores de sua alma. Logo, as duas se tornaram melhores amigas e a vaquinha virou uma companheira fiel da campo-grandense.
“Esse sítio é do meu pai, ele tinha cedido uma casa pra gente morar em Campo Grande, mas nosso coração não é da cidade, a gente gosta de morar no mato, no meio dos bichos. É assim que eu e meu marido somos felizes. Fez 1 mês só que nos mudamos pra cá, chegamos e a Fumaça já estava, mas parece que conheço ela há uns 20 anos“, diz a técnica de enfermagem.
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Vaca Fumaça ajudou mulher a sair da depressão: “fazemos devocional juntas”
Quando se instalou no sítio, o antigo dono avisou que a vaca era mansa e disse: “se você deixar, ela entra na varanda”. “Só que ela não chegava. Foi vindo aos pouquinhos… chegando e curando minha tristeza. Eu não consigo imaginar ela indo embora e saber que vão matá-la para fazer bife… isso dói”, relata a sitiante, em meio às lágrimas.
Em menos de 30 dias, a relação de amizade entre Fumaça e Liliane ficou tão intensa que as duas fazem tudo juntas e, agora, a presença do animal é fundamental para a felicidade da técnica de enfermagem. Além disso, Fumaça está grávida, o que torna a venda ainda mais cruel para a campo-grandense.
“Eu acordo e ela já está na porta me esperando, a gente toma café juntas, ouvimos música e fazemos devocional. Ela vai ser mamãe e não quero que seja vendida, ela não merece virar bife, eu não acho justo. Ela me ajudou na cura da ansiedade e da depressão e ainda tira os melhores sorrisos do meu rosto”, comenta.
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Dono da vaca Fumaça já fechou negócio, mas abriu exceção para Liliane
Embora não seja vegana, a roceira expõe motivos de sobra para não querer que o abate desse animal aconteça. “Só quem fica perto dela entende a conexão. Não quero ter uma vaca para ter dinheiro, só quero que ela viva, tenha uma vida livre e continue trazendo alegria“, afirma.
Na tentativa de tentar impedir a venda de Fumaça, a técnica chegou a oferecer todos os seus móveis em troca da vaca, mas o dono não aceitou. O proprietário, inclusive, já acertou a troca de quatro bezerros pela bovina e precisa entregá-la até semana que vem.
No entanto, decidiu abrir uma exceção ao ver o sofrimento de Liliane. “Ele me disse: ‘te dou 40 dias pra você me pagar à vista e eu desfaço o acordo que eu fiz, mas só porque eu tô vendo o seu sofrimento’. Ele está pedindo 6 mil reais na Fumaça porque ela está prenha. Queria muito pedir a ajuda de todos pra gente conseguir salvar ela, que já faz parte da minha vida. Tenho uma semana pra dar uma posição pra ele“, reforça.
Veja um vídeo das melhores amigas juntas:
“Me ajudem a salvar Fumaça”, suplica a técnica de enfermagem
Para conseguir arrecadar o valor e dar a resposta ao dono de Fumaça, Liliane abriu uma vaquinha online. Ela precisa arrecadar o montante exigido em menos de sete dias, caso contrário, a vaca virará bife.
Caso alguém queira contribuir, basta clicar aqui e doar. A moça também disponibiliza sua chave Pix (6799323-0315) para quem tiver o coração tocado pela história e sentir vontade de ajudar a impedir que Fumaça seja levada.
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