Abstinência de Vitória Strada no BBB reacende alerta sobre os perigos do ‘vape’

O relato de Vitória Strada no Big Brother Brasil 25 sobre como surgiu seu vício em nicotina movimentou uma discussão sobre os impactos do uso de cigarros eletrônicos. No confinamento, a atriz revelou ter desenvolvido uma forte dependência de nicotina após o uso intensivo de ‘vapes’. Em abstinência, precisou solicitar cigarros à produção, gerando um debate sobre os riscos dessa prática, que cresce cada vez mais no Brasil.

Popularizados como uma alternativa ao cigarro tradicional, os vapes carregam a promessa de serem menos prejudiciais. Contudo, estudos como o realizado pelo Instituto do Coração (InCor), em parceria com a Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, desmentem essa ideia. A pesquisa revelou que usuários de cigarros eletrônicos podem consumir níveis de nicotina até seis vezes superiores aos dos fumantes de cigarros convencionais.

O problema se agrava pelo consumo aparentemente despretensioso, pois muitos acreditam que a dependência é menor ou inexistente, mas os dados mostram o contrário. Mesmo quem utiliza os dispositivos por menos de um ano pode apresentar altos níveis de nicotina no organismo.

Os efeitos negativos vão além da dependência química. A nicotina dos cigarros eletrônicos afeta o sistema nervoso central, elevando a frequência cardíaca e a pressão arterial, além de contribuir para distúrbios de saúde mental, como ansiedade e depressão.

Outro ponto crítico destacado pelo estudo do Incor é a falta de transparência sobre a composição dos produtos. Muitos usuários que acreditam estar consumindo vapes “sem nicotina” acabam expostos à substância sem saber. Isso reforça como a percepção de redução de danos é, muitas vezes, equivocada.

A experiência de Vitória Strada no BBB25 é um reflexo de uma realidade vivida por milhões de brasileiros. De acordo com dados do Ipec, o consumo de cigarros eletrônicos cresceu 600% nos últimos seis anos, somando mais de três milhões de usuários adultos. Diante disso, já se fala em uma ‘epidemia’ semelhante à observada em outros países.

O caso pode servir como um importante alerta sobre os perigos dos vapes, especialmente para jovens seduzidos pela estética moderna e pelo marketing atrativo desses dispositivos. É preciso reforçar que, por trás dos aparelhos coloridos e aparentemente inofensivos, estão os mesmos riscos de alta dependência e danos à saúde encontrados no tabagismo tradicional. (Com informações da Agência Estado)

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