Fenômeno de audiência e repercussão, a terceira reprise da novela “Alma Gêmea” chega ao fim nesta sexta-feira (6) no “Vale a Pena Ver de Novo”. Mais uma vez, o folhetim de 2005 divulgou as belas paisagens de Bonito (MS), usadas para ambientar a história da indígena Serena (Priscila Fantin). No último capítulo, inclusive, uma das cenas mais emblemáticas da trama usa o Estado como cenário para mostrar encarnações passadas dos protagonistas.
Aliás, ao longo dos 227 capítulos originais, “Alma Gêmea” faz bom proveito de sequências gravadas em cenários turísticos de Bonito, que representam trechos da aldeia e da mata onde a personagem de Priscila Fantin vivia antes de ir pra “Sá Paulo”.
Desde a infância, ela, que é a reencarnação de Luna (Liliana Castro), enxerga nas águas azuis da gruta de MS a imagem de uma rosa branca. E a gruta foi justamente o local escolhido para mostrar ao público quem os protagonistas foram em outras épocas.
Logo após morrerem, no episódio final, Rafael e Serena surgem como espírito no local. Em seguida, suas almas vão revelando as imagens que tiveram em existências passadas, até o livro do recorte da história do casal, diante da eternidade, se fechar.
Veja:
A cena acima é uma das mais lembradas e reproduzidas do folhetim criado e escrito por Walcyr Carrasco. Apesar disso, ela não foi realmente gravada em Mato Grosso do Sul. Para representar os personagens na Gruta do Lago Azul, a direção de “Alma Gêmea” usou takes rodados antes da estreia da novela e inseriu Serena e Rafael por meio de Chroma Key no ambiente.
Priscila Fantin diz que cena mais difícil de “Alma Gêmea” foi gravada em MS
De acordo com Priscila Fantin, intérprete da protagonista Serena, a sequência mais difícil de toda a trama foi gravada na gruta, que é um dos principais atrativos turísticos de Bonito. Segundo ela, as condições do local tornavam qualquer filmagem mais complicada.
“A cena mais difícil foi dentro da gruta azul, porque o acesso é muito restrito. É um lugar de conservação, não era um set fácil de transitar, não dava para colocar tripé nas rochas, luzes, câmeras, era uma equipe muito reduzida, a gente ficava lá muitas horas”, recorda.
Conforme Priscila, até para ir ao banheiro havia uma operação diferenciada para quem gravava na gruta. “É um lugar muito preservado, conservado e com muitas regras para que ele continue sendo o que ele é, um santuário. É muito lindo. Um lugar de estudos e pesquisas”, diz a atriz.
Fantin ainda conta o que aprendeu sobre os indígenas da região para viver sua personagem. “Estudei toda a história da cultura e etnia que são os Kadiwéu e tive a oportunidade de visitar uma tribo Kadiwéu, onde o professor Giovani José da Silva [que deu consultoria à novela] foi batizado. Tive essa proximidade e vivência e ainda o apoio dele, que é antropólogo estudioso de cultura indígena”, comenta Priscila.
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