Difícil quem usa as redes sociais todos os dias não ter esbarrado nesta semana com a trend que mostra logradouros com nomes diferentes, como a Rua Cloreto de Sódio e a Rua Borboletas Psicodélicas – ambas em São Paulo.

E Campo Grande não ficou de fora da lista, com menção às famosas ruas com nome de personagens da Turma da Mônica, no Monte Castelo. Rua do Cebolinha, Rua da Pipa, Rua do Franjinha, Rua do Cascão, Rua Anjinho, Rua do Horácio, Rua do Chico Bento e, claro, Rua da Mônica, mostram que Campo Grande também tem o tempero pra engajar nas redes.

Mas, não é só no Monte Castelo. O que mais tem na Capital de Mato Grosso do Sul é rua com referência literária, histórica e até mesmo da cultura pop, como na teledramaturgia brasileira. Na Vila Carlota, por exemplo, há ruas cujos nomes são moedas internacionais, como o Dracma, Florim, Rúpia e Yene. Já no Tarsila do Amaral, os logradouros homenageiam mulheres famosas, como Clarice Lispector e Leila Diniz.

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Na região do Monte Castelo, loteamento homenageia a Turma da Mônica (Reprodução, Google Maps)

No Betaville, até a atriz Daniela Perez, que assassinada nos anos 90, também nomeia uma das vias e virou reportagem do Jornal Midiamax. No bairro, também tem homenagem ao dramaturgo Cassiano Gabus Mendes, ao cineasta Frederico Felinni e ao Armando Bogus.

Mas afinal, quem nomeia as ruas com esses nomes?

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No Tarsila do Amaral, mulheres famosas como Leila Diniz e Clarice Lispector nomeiam ruas (Reprodução, Google Maps)

Basicamente, haveria duas formas de nomear uma rua em Campo Grande. A primeira delas é via Câmara dos Vereadores, quando um vereador propõe uma lei que altera o nome de um determinado logradouro. Foi o que aconteceu, por exemplo, com trecho da Rua Frei Gregório, no Jardim Monte Líbano, que antes era a rua Flávio de Matos.

A outra maneira é nomear as ruas já na proposta de loteamento, ou seja, logo quando vai pedir a aprovação do conjunto habitacional junto a Prefeitura.

Um caso semelhante foi o do já mencionado bairro Betaville. Em reportagem publicada em outubro de 2022, o Jornal Midiamax apurou que o logradouro existe no Residencial Betaville desde que o bairro nasceu. À reportagem, Ana Lucia Nachif explicou que foi seu marido, Nelson Nachif, quem deu o nome. “Quando a gente compra um lote, tem que colocar nome nas ruas e mandar pra Prefeitura aprovar. Como precisava preencher tudo aquilo, ele foi colocando”, comentou.

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Já na Vila Carlota, as ruas recebem nomes de moedas internacionais como Dracma e Yene (Reprodução, Google Maps)

Na mesma reportagem, a Semadur também pontuou que os nomes dos logradouros públicos, em loteamentos privados, são apresentados pelo loteador, cabendo à Prefeitura apenas analisar a questão de duplicidade de nomes. Já quando se tratam de homenagens, é necessário verificar junto à Câmara Municipal de Campo Grande, órgão que encaminha o nome sugerido para o logradouro para que a Prefeitura analise também a duplicidade.

Conhece ruas em Mato Grosso do Sul que dariam uma “trend” nas redes sociais? Manda pra gente no nosso WhatsApp (67) 99207-4330.

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