Provaria? Em MS, restaurante serve prato inédito com língua de jacaré
Ao experimentarem a iguaria em degustação às cegas, clientes acharam que língua de jacaré era bacon
João Ramos –
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É bom? Dono de um restaurante tradicional da cidade de Bonito (MS), localizada a 260 quilômetros de Campo Grande, desenvolveu um prato polêmico à base de língua de jacaré. Ao servir para as pessoas experimentarem, sem revelar qual era a carne, a maioria concluiu: “é bacon ou porco defumado”.
Ninguém acertou e nem acreditou que se tratava de língua de jacaré. “Acharam maravilhoso”, garante Jean Pierri, proprietário do estabelecimento. Com a experiência positiva, o entusiasta da cozinha decidiu acrescentar o prato como uma entrada do Juanita Restaurante na cidade turística.
Ao Jornal Midiamax, Jean dá detalhes da novidade do cardápio, conta como concebeu a combinação e revela como os clientes receberam a iguaria. Conforme o proprietário, o prato leva o nome de “Língua de jacaré assada na brasa de angico, acompanhada de uma farofinha de guavira picante”.
Trata-se de uma opção de entrada, ou seja, uma degustação no restaurante. “São seis línguas por prato e, portanto, para cada prato precisamos de 6 jacarés”, explica. “Começamos a servir ontem (18). Estávamos ajustando temperos e acompanhamentos há algum tempo já”, relata Jean.
Língua de jacaré teve degustação às cegas no restaurante
Em apenas um dia, a entrada que custa R$ 69,83 recebeu quatro pedidos de interessados em provar o sabor exótico da língua de jacaré. E, segundo o empresário, os clientes adoraram.
“Semana passada eu fiz umas 20 línguas e saí oferecendo, fazendo as experiências nas mesas, sem dizer o que era. Daí o pessoal falava que era bacon, porco defumado… todo mundo achou maravilhoso. Ninguém imaginou que seria língua”, afirma.
O sucesso entre o público era o que faltava para o prato entrar para o cardápio, mas Jean revela que criou e desenvolveu o preparo para apresentá-lo no Circuito Gastronômico ‘Isto é Mato Grosso do Sul’. “Tive a ideia de explorar o ainda inexplorado, porque é a única parte [do jacaré] que ainda ninguém teve interesse. Ninguém dono de restaurante”, ressalta.
“Lançamos essa novidade e é o único restaurante, estou tentando buscar, mas não existe no mundo restaurante que serve um prato de língua de jacaré”, conclui Jean, que continua pesquisando para ver se outro estabelecimento em algum lugar do planeta faz uso da carne.
Sobre o Circuito Gastronômico
O Circuito Gastronômico ‘Isto é Mato Grosso do Sul – Sabores da Terra’ será realizado de 6 a 21 de maio e é uma oportunidade para os estabelecimentos divulgarem o seu negócio, serem vistos pelo público-alvo e contribuírem para atrair maior número de turistas ao Estado. A população e os visitantes vão se deliciar com os sabores e a autenticidade dos ingredientes regionais.
Conforme o regulamento, os estabelecimentos inscritos precisam desenvolver um prato com pelo menos um ingrediente regional e pantaneiro listado: baru, pequi, guavira, nicola, carne de sol, mel de abelha nativo do Pantanal, linguiça de Maracaju, erva-mate, polvilho azedo e doce, farinha de milho saboró, galinha caipira, pintado, mocotó, miúdos, derivados de búfalo, coentro, pacu, farinha de mandioca de Furnas, palmito/guariroba, mandioca, traíra e sobá.
O circuito contará com a curadoria de dois chefs renomados: Paulo Machado, embaixador internacional do evento e um dos expoentes da riqueza gastronômica brasileira, e o bonitense Felipe Caran, que atuará como embaixador sul-mato-grossense. Para mais detalhes, acesse aqui.
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