Plantas, chás e a potência medicinal encontrada na natureza sempre foram algo a encantar a terapeuta nova-andradinense Marcia Cristina da Silva Lima. Desde criança, ela ficava fascinada com as possibilidades encontradas no quintal de casa e nos vasos de flores cultivadas pela avó. E nem ela sabia, mas sua paixão por este universo resultaria em um hobby que hoje é também uma de suas profissões.
Tudo começou na pandemia, quando ela conheceu uma pequena florzinha azul, a clitória. Segundo Marcia, as cores que a PANC (Planta Alimentícia Não Convencional) deixa nos alimentos é tão encantadora, que a fez querer ter sua própria plantação e assim usufruir dos benefícios – e belezas – da planta sempre que quisesse.
Nessa mesma época, enquanto investia em sua nova plantação, a terapeuta também conheceu os trabalhos de confeitaria com o isomalte, um adoçante natural feito a partir da beterraba branca que, quando pronto, fica totalmente transparente. Isso, somado às possibilidades coloridas das flores e plantas alimentícias, renderam à Marcia, a ideia de iniciar uma produção de pirulitos e mexedores para adoçar bebidas como chá, café, drinques e sucos, por exemplo.
“O que mais me chama a atenção, mesmo, é o chá, porque ele fica azul. Então você faz o chazinho azul e depois que você coloca limão, muda de cor. Ou, por exemplo, se você faz um drink com a clitória, ele também vai ficar azul. Mas quando você adicionar limão ou tônica, vai mudar de cor”, explica ela. “Então, a ‘fada azul’ é a minha paixão, meu carro chefe”.
E o negócio, que começou pela curiosidade, deu muito certo. Tanto que ela passou a cultivar outras espécies de flores em seu quintal. Com o passar dos anos – e muitos testes-, a gama de produtos naturais começou aumentar. Márcia passou a produzir também sachês de chá, escalda-pés, almofadinhas terapêuticas para bebês e até kits para chá revelação.
“Muitas vezes a gente tem uma amiga, tem alguém que a gente gosta, e não consegue se fazer presente fisicamente. Então esses produtos são ótimas opções de presente, porque quando chega um sachezinho de chá, mexedor para adoçar o chá, uma flor, algum kit, a pessoa que recebe fica encantada”, explica.
Para Marcia, levar às pessoas um momento de autocuidado, tranquilidade, reflexão e saúde, é o que lhe encanta na profissão. Além disso, ela está sempre buscando maneiras de colaborar com o meio ambiente, criando embalagens naturais, também com as próprias plantas.
“Com a pigmentação das flores, faço a impressão no algodão cru e utilizo o tecido para produzir os lacinhos que vão nas embalagens. Então, tudo que eu faço, todo o kit, tem esses detalhes manuais”, explica.
Uma curiosidade que a terapeuta faz questão de pontuar é que o isomalte, por ser um produto natural, pode ser consumido por todas as pessoas, incluindo quem tem diabete e crianças.
“Lógico que não pode chupar um monte de pirulito, né? Mas um ou dois pirulitos que a pessoa consumir ali, não vai alterar o açúcar no sangue”, conta. “Então é um produto que, além de ter essa beleza, também tem saúde”, pontua. “Ele também não dá cárie, então crianças podem consumir com mais tranquilidade. É um produto muito especial”.
