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ONG faz expedição no Pantanal com Rafa Kalimann para monitorar água e atender comunidade que sofre com queimadas

Expedição inicia na primeira semana de novembro e deve beneficiar quase mil pessoas até 2026
Graziela Rezende -
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(SOS Pantanal/Divulgação)

O projeto “Águas Que Falam”, do SOS Pantanal, ganhou reforço da atriz Rafa Kalimann e apoio de uma empresa parceira. Na edição 2024, a intenção é promover o monitoramento da qualidade das águas, além de viabilizar estratégias de para obtenção de água potável e saneamento básico para 10 comunidades vulneráreis em Mato Grosso e em . A expedição inicia na primeira semana de novembro.

Populações do entorno da Bacia do Alto e de municípios de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul serão atendidas. O projeto, que iniciou em 2023, realiza pesquisas acerca do impacto da qualidade dos recursos hídricos para o dia a dia de populações que vivem no Pantanal e em municípios do entorno do bioma.

Ampliada, a iniciativa promete agora impactar positivamente o cotidiano de 12 comunidades vulneráveis, muitas delas gravemente afetadas pelas queimadas e secas registradas em 2024, graças ao apoio da Everest, empresa que atua com purificadores de água e máquinas de gelo. A medida deve beneficiar quase mil pessoas até 2026.

Nesta nova etapa, também ocorre a realização de workshops e palestras para profissionais da educação e da saúde da região. Além disso, serão promovidas ações educativas para alunos da rede pública de ensino, incluindo a produção e circulação de um livro infantil e cartilhas.

Somados, estes esforços possuem o intuito de capacitar a população sobre a conservação das fontes de água doce, contribuindo para a saúde dos habitantes. Estima-se que, até o fim de 2026, o projeto envolva 1,2 mil pessoas em sessões de educação ambiental e oficinas e aumente em 300% o engajamento e a participação das populações locais nos eventos e campanhas organizadas.

Mapeamento e metodologia

(SOS Pantanal/Divulgação)

O novo plano de ação do projeto Águas Que Falam envolve atividades em 10 pontos de monitoramento em comunidades distintas, sendo seis delas no Mato Grosso do Sul – duas em , duas em , uma em Bonito e outra em Miranda –, enquanto no Mato Grosso quatro pontos serão distribuídos em três cidades: dois em Poconé e outros dois localizados na Chapada dos Guimarães.

As comunidades foram selecionadas, inicialmente, por critérios socioambientais e econômicos, como o pouco acesso à água potável, a escassez de saneamento básico, a vulnerabilidade diante dos impactos das queimadas e da seca, e a exposição a danos causados por elementos como a mineração, o desmatamento, a agropecuária industrial, entre outros problemas. As populações beneficiadas pelo projeto Águas Que Falam também foram escolhidas por possuírem estreita ligação de seus modos de vida com os rios, sobretudo em função da atividade da pesca de subsistência, do ecoturismo e, em muitos casos, da captação da água dos rios para consumo humano.

Medição da qualidade das águas

O monitoramento das águas realizado pelas equipes do SOS Pantanal também se amplia com a parceria da Everest. Até dezembro de 2026, haverá um aumento no número de coletas anuais para a análise de qualidade das águas, saindo da média atual de 70 para 120 coletas.

Após a captação das águas, as amostras passam por 16 parâmetros do Índice de Qualidade da Água*, são eles: temperatura da água; temperatura do ambiente; turbidez; presença de espumas; lixo flutuante; odor; material sedimentável; presença de peixes, larvas e vermes vermelhos; larvas e vermes escuros e transparentes; coliformes totais e fecais (termotolerantes); oxigênio dissolvido (OD); demanda bioquímica de oxigênio (DBO); potencial hidrogeniônico (pH); fosfato (PO₄ ³⁻) e nitrato (NO₃⁻). A totalização dos indicadores medidos resulta na classificação da qualidade da água, em uma escala que varia entre: ótima, boa, regular, ruim e péssima (*Fundação SOS Mata Atlântica, 2024).

SOS Pantanal

Fundado em 2009, o SOS Pantanal é uma instituição de advocacy, sem fins lucrativos, que promove a conservação e o desenvolvimento sustentável do Pantanal por meio da gestão do conhecimento e a disseminação de informações do bioma para governantes, formadores de opinião, grandes empreendedores, fazendeiros e pequenos proprietários de terras da região, assim como para a população em geral.

Ao longo das últimas duas décadas, o Instituto SOS Pantanal também impacta diretamente o ecoturismo ao promover iniciativas de preservação ambiental e desenvolvimento sustentável. Por meio de incentivos à , aliado a uma fiscalização mais efetiva e o consenso de boas práticas conjuntas entre os setores privado, público e terceiro setor, o SOS Pantanal tem contribuído para que o ecoturismo cada vez mais se apresente como um dos pilares do desenvolvimento sustentável do Pantanal.

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