A veia artística não nega, já que o avô e o tio são sanfoneiros e sempre reuniram a família ao redor de muita música caipira. Assim, criado na casa dos avós, na aldeia Morrinho, em Miranda, a 208 km de Campo Grande, o indígena Paulo Sérgio Raimundo, de 22 anos, se encantou pela sanfona e, principalmente, o chamamé, ritmo de origem guarani, que se popularizou em Mato Grosso do Sul.

“Eu carrego o nome artístico de Jonas Gaiteiro, todo mundo me conhece assim. Toco sanfona faz 9 anos, comecei com 14 anos. Aliás, quando tinha 13 anos, morava na aldeia e nossa alegria sempre foi a música. Aos 14, mudei para Campo Grande, com a intenção de morar com a minha mãe. Aí passei a ter mais interesse ainda pela sanfona, até que passei a integrar um grupo”, afirmou o artista ao MidiaMAIS.

Com os demais integrantes, realizam bailes em aldeias indígenas, principalmente nos municípios de Aquidauana, Sidrolândia, Dois Irmãos do Buriti e Bonito.

“Eu toco muito chamamé. Dou muito valor a este ritmo musical, aliás, que é sul-mato-grossense. É com ele que fazemos um bailão na aldeia, que o público gosta bastante. Durante a semana estou no quartel, mas, aos fins de semana, quando não estou de plantão, vou para os bailes nas aldeias e também faço barzinhos em Campo Grande”, finalizou.

Confira alguns momentos do artista:

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