O grupo de conversas dos moradores de um condomínio localizado no Parque dos Poderes deu o que falar nos últimos dias. O motivo? Uma gata do tipo siamesa que não teria dono, mas seria alimentada por algumas moradoras. Acontece que outra moradora não gostou nada da gata no local e reclamou no grupo.
História
A gata que recebeu o nome de Mimosa e foi adotada por uma das moradoras que levava ração e água. Mimosa já havia sido testada, vermifugada, vacinada e castrada, mas conseguiu escalar a tela da casa que ficou alocada anteriormente e voltou a ficar na entrada de um dos blocos do condomínio.
Mas isso incomodou uma das moradoras que reclamou do cheiro e da sujeira que a gata deixava no local, ao mesmo tempo que outra moradora afirmou que o marido ficou doente por limpar as fezes da gata que ficavam em seu Jardim.
Com isso, iniciou-se uma briga generalizada entre aqueles que defendiam quem ajudava a gata e estava tentando pegá-la para adotar e aqueles que achavam que o CCZ (Centro De Controle De Zoonoses) deveria ser chamado e que lugar de bicho é em casa com o dono. Mesmo que com diversas tentativas feitas a gata apenas fugia e se tornava inviável pegá-la.
Casos
Mais de uma habitante do local afirmou que já foram feitas ameaças para outros felinos que apareceram, inclusive com gato morto, por possível envenenamento, sendo encontrado.
Outra moradora afirmou que falta sensibilidade. “Tem pessoas muito boas que se compadecem e tratam dos gatos. Cuidam, dão ração e colocam para adoção, eu já adotei dois gatos no condomínio. Porém, tem outras pessoas que não se sensibilizam de forma alguma, pelo contrário. Muitos gatos já morreram, amanheceram mortos no condomínio…”.
Condomínio
O Midiamax entrou em contato com o síndico do condomínio que afirmou: “A gente não é responsável por gato, e nem animal pet do dono. Mas maltratar esse tipo de animal também, acho que não faz parte, né? Não só pelo condomínio, mas acho que por pessoa. Acho que isso aí vem da criação, do berço, a gente não maltratar não só pessoas como os animais”.
Ele ainda acrescentou que era um direito da moradora, que reclamou, se incomodar com a gata, já que a mesma optou por não ter animal, mas que atualmente tudo estaria resolvido.
Final feliz
A gata siamesa conseguiu ser pega e adotada por uma moradora do condomínio. Ela agora se chama Mimosa e convive com mais duas gatinhas.
A moradora que procurou a reportagem ressalta: “O que me preocupa não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons. Quis expor toda essa situação para não acontecer mais, para nenhum outro gatinho morrer aqui ou desaparecer. Quero fazer com que as pessoas percebam que suas atitudes estão sendo observadas. Que tem gente de olho e que não irão ficar impunes”.
Dezembro Verde
Em dezembro, acontece o Dezembro Verde, campanha voltada para a conscientização e o combate ao abandono e aos maus-tratos contra os animais. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que existem cerca de 30 milhões de animais abandonados, sendo 20 milhões de cães e 10 milhões de gatos, no Brasil.
Em Campo Grande, um levantamento realizado pela Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da OAB/MS identificou quase 3 mil animais em abrigos independentes e ONGs, todos oriundos de abandono ou maus-tratos.
A Lei Federal 14.064/2020 endureceu as penas para maus-tratos a cães e gatos, prevendo até cinco anos de prisão, multa e perda da guarda do animal para quem for condenado. No entanto, a conscientização é necessária para os números diminuírem.
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