Estudante volta à escola após 3 anos para falar sobre livro com poesias que escrevia em sala de aula

O caderno, ainda guardado, é o momento nostálgico em que o estudante César Augusto, de 20 anos, relembra as poesias e textos que escrevia em sala de aula, na Escola Estadual Arlindo de Andrade Gomes, localizada na Avenida Julio de Castilho, em Campo Grande. Agora, no entanto, vai viver isso novamente “na prática”, apresentando um de seus livros com poesias que fazia ali, no próximo sábado (23).

“Eu mostrava aos amigos, familiares, todos sempre souberam que eu escrevia poesias. Mostrava para um, pedia uma ideia para outro, conversava, escrevia, mas, não tinha pretensão alguma de publicar um livro naquele momento. Só que continuei escrevendo, algumas poesias eu demorava umas três semanas, até que, no terceiro ano, o meu pai, que se formou em história e já tinha transformado o TCC [Trabalho de Conclusão de Curso] em um livro, me falou sobre continuar o meu projeto”, relembrou César Augusto.

Desta forma, o garoto foi juntando tudo o que tinha e aí decidiu comercializar o livro. “Foi assim que publiquei a primeira edição do Reflexões, um livretinho. E aí eu fiz o vestibular, escolhi o curso de Letras, adentrei e continuei escrevendo e reescrevendo. Em seguida, com a ajuda do meu pai, decidi publicar o meu primeiro livro em 2023. O Faces é o meu segundo livro, com algumas participações especiais de professores, universitários, então, publiquei o meu primeiro conto e a questão de me tornar um escritor e poeta foi acontecendo”, argumentou.

“Pretendo participar de um bate-papo com eles e falar das obras. Fazendo um parâmetro geral, são majoritariamente românticas, contudo, também escrevo poesias mais sociais e sobre temas sensíveis, como por exemplo, a depressão”, comentou.

Para o próximo ano, César diz que já possui um lançamento, que são intituladas de obras narrativas por ele. “Participei, no meu curso, de uma antologia de contos, organizada por uma professora de literatura, e já publiquei o meu primeiro conto. Quero alcançar mais pessoas, embora sei que a antologia se limita a poucas pessoas”, finalizou.

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