Em tempos de jogos online, torneio de xadrez na praça da Bolívia incentiva novas gerações

Crianças se reuniram para participar do 1° torneio de xadrez juvenil em Campo Grande

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Partida de xadrez
Helena e Caio em partida de xadrez (Lethycia Anjos, Midiamax)

Com a popularização dos jogos eletrônicos e o fácil acesso aos celulares, práticas tradicionais como o xadrez têm se tornado menos comuns entre as crianças. No entanto, na manhã deste domingo (13), uma competição de xadrez reuniu crianças de diferentes idades para jogar na Praça da Bolívia.

Caio Modena, de 12 anos, foi o responsável pela organização do torneio. Ele conta que a iniciativa surgiu da vontade de atrair mais jogadores, já que até então jogava apenas com seu pai.

“Antes, era só eu e meu pai, mas as partidas não duravam muito. Queria mais gente para jogar. No início, apenas esperávamos que pessoas interessadas aparecessem e as convidávamos para jogar, mesmo sem ser algo oficial. Com o tempo, tive a ideia de organizar um clube e agora fizemos essa competição”, conta.

Caio começou a jogar xadrez aos sete anos, influenciado por sua mãe, mas foi somente aos dez que decidiu se dedicar mais seriamente e investir no esporte. Com isso, seu projeto cresceu, e, por meio de doações, ele conseguiu novos tabuleiros, o que deu a oportunidade para que mais crianças pudessem jogar.

“Quero melhorar no xadrez, alcançar um bom nível e participar de competições, mas não pretendo seguir carreira no esporte. Meu objetivo agora nesse torneio é aprender mais e compartilhar o que sei com outras criança”, explica.

Estímulo ao raciocínio

Partida de xadrez
Tabuleiros foram adquiridos por meio de doações (Lethycia Anjos, Midiamax)

Para Helena Carvalho, de 12 anos, o interesse pelo xadrez surgiu por meio do jogo de dama. Ela conta que aprendeu a jogar há menos de um ano, mas já busca se aperfeiçoar para, quem sabe, arriscar em competições.

“Aprendi no final do ano passado, mas este ano comecei a treinar. Ainda não sou muito bom, por isso estou praticando”, disse.

A professora Gleice Carvalho, mãe de Helena, ficou surpresa com o interesse repentino da filha, já que ninguém em casa costuma jogar xadrez. Contudo, ela vê esse interesse de forma positiva, tendo em vista que hoje, as crianças estão cada vez mais imersas no mundo digital.

“Ela era viciada em dama e um amigo da escola que a ensinou a jogar xadrez. Acho ótimo, porque isso estimula o raciocínio. Um colega professor costuma dizer que quem joga xadrez desenvolve habilidades em matemática”, comentou Gleice.

Helena também aprendeu a usar a tecnologia a seu favor e, por meio de um aplicativo de celular, pratica partidas online para se aperfeiçoar no esporte.

Torneio atrai até quem ainda não sabe jogar

Xadrez
Felipe decidiu se aventurar em partida (Lethycia Anjos, Midiamax)

Felipe Gabriel, de 11 anos, nunca jogou uma partida oficial de xadrez, mas viu na competição uma oportunidade de aprender e dar o pontapé inicial no esporte.

“Vim ajudar minha mãe a vender na feira e vi os tabuleiros, então decidi jogar. Sei algumas coisas que aprendi sozinho, mas nunca participei de uma competição assim”, diz.

O primeiro torneio misto infanto juvenil: Xadrez na árvore Praça Bolívia, ocorre neste domingo (13) a partir das 10h. Podem participar gratuitamente meninas e meninos com até 15 anos. Conforme o cronograma haverá uma premiação do 1° ao 3° colocado com troféu.

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