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Criador de vídeos de monumentos animados testava ferramentas de IA: “sem intenção de viralizar”

Monumentos de Campo Grande ‘ganharam vida’ com inteligência artificial, em vídeos que circulam pelas redes sociais

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Monumentos de Campo Grande animados com inteligência artificial. (Reprodução, Instagram)

No início desta semana, vídeos de monumentos de Campo Grande animados por inteligência artificial circularam nas redes sociais. Nas imagens manipuladas, a estátua de Manoel de Barros, que fica na Avenida Afonso Pena, ganha vida, se levantando do seu sofá e interagindo com um pássaro. Já o emblemático trio de araras, se mexe e bate as asas, na Praça Homônima.

O criador, Múcio Marinho, conversou com a reportagem do Jornal Midiamax e confessou que os vídeos foram desenvolvidos apenas para testar as ferramentas de IA (Inteligência Artificial). Contudo, ao compartilhar nas redes sociais, os vídeos acabaram chamando a atenção dos campo-grandenses.

“Eu trabalho com tecnologia na parte de comércio eletrônico. Tenho uma plataforma que vende tickets de inscrições em corridas de rua, mountain bike e trilhas. Por causa disso, eu estou sempre procurando novas tecnologias para aprimorar essa plataforma”, contou. 

Foi procurando por novos recursos tecnológicos que o profissional se ‘esbarrou’ com vídeos de obras de arte animadas com IA. Assim surgiu a inspiração para fazer o mesmo, mas com os monumentos de seu convívio.

“Vi recentemente obras de Monet e Picasso, que foram animadas com inteligência artificial. Achei interessante para quem gosta de arte. É uma experiência diferente. Como tento sempre estar desenvolvendo alguma coisa que tenha a ver com o meu ambiente e círculo de convívio, surgiu a ideia de fazer com os monumentos da cidade”, conta.

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Repercussão nas redes sociais não era intuito inicial

Logo que lançaram o GPT3, Múcio já começou a fazer alguns testes com recursos de IA. Assim, sempre compartilhava com a família o resultado de suas criações. Como, por exemplo, fotos animadas de entes falecidos, que fazia questão de enviar aos primos para despertar boas emoções.

Dessa forma, quando criou o vídeo de Manoel de Barros, compartilhou com o escritor Bosco Martins, que republicou a sua publicação. Foi então que os vídeos começaram a circular, mesmo sem ter intenção inicial de viralização.

“Eu fiz essa do Manoel de Barros e compartilhei com o Bosco Martins, que lançou nessa última semana um livro sobre Manoel de Barros. Eu sei que ele era muito próximo do Manoel, então marquei ele na postagem. Em seguida, ele compartilhou. Como ele é do meio de comunicação, as pessoas viram, começaram a gostar e compartilhar o vídeo”, ressaltou. 

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Reações foram controversas

Os vídeos de Múcio, contudo, dividiram opiniões entre os campo-grandenses. Há quem considera um tanto assustador ver os monumentos se mexerem e até andarem pela cidade.

“Isso ficou bonito e assustador ao mesmo tempo”, Deusulivre, eu hein! Agora toda vez que eu passar perto vou imaginar o Manoel de Barros levantando, cruiscredo”, foram algumas reações espantosas.

O fato é que as imagens têm repercutido e aguçado a imaginação dos campo-grandenses. Ao que parece, os moradores não vão mais conseguir olhar para os monumentos da mesma maneira depois de terem visto suas versões animadas.

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