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Fofura e disciplina: filhotes da cadela Laika, dos Bombeiros, recebem treinamento para se tornarem cães militares

Filhotes recebem estímulos e treinamento, desde o nascimento, em agosto deste ano
Monique Faria -
Filhotes da cadela 'militar' Laika. (Arquivo Pessoal)

Já dizia o ditado: “filho de peixe, peixinho é”. No caso, “filhote de uma heroína, heróis serão”. A cadela ‘militar’ do de , Laika, agora é mãe de seis filhotes. A pastor holandês deu à luz quatro fêmeas e dois machos, em agosto deste ano. O pai dos filhotes é um cão policial do da Polícia Militar. Assim, não poderia ser diferente: os cães irão atuar, futuramente, na Força de Segurança Pública.

Antes mesmo do nascimento dos filhotes, o condutor de Laika, sargento Thiago Kalunga, preparou o quintal de sua casa para atuar como um minicentro de treinamento. Junto com sua esposa, o sargento adaptou o ambiente com vários objetos, construindo pistas de obstáculos.

“A nossa doutrina é a do cão bombeiro permanecer em casa junto do condutor, portanto, o ambiente foi preparado para ter um bom parto e os filhotes um bom desenvolvimento”, contou Kalunga.

O trabalho de Laika, de buscar pessoas em ambientes rurais, exige muito esforço físico. Portando, assim que souberam que ela estava grávida dos filhotes, o Corpo de Bombeiros afastou a cadela de suas atividades, por recomendação veterinária.

Assim que os filhotes nasceram, Laika se tornou uma ‘mãezona’ para eles. “O instinto materno dela é sempre aguçado, mesmo agora que a separamos deles porque estavam machucando ela com os dentes, ela faz questão de sempre ir ver como estão”, explicou o sargento.

Laika cuida dos filhotes como uma verdadeira ‘mãezona’. (Arquivo Pessoal)

Manejo dos filhotes teve início logo quando nasceram

Além de adaptar toda a rotina e o quintal de casa para receber os filhotes, Kalunga e a esposa cuidaram para que eles recebessem estímulos, desde os primeiros dias de vida. Assim, antes mesmo que eles abrissem os olhos e ouvidos, o sargento contou com apoio da soldado Jéssica Lopes para realizar o manejo dos filhotes.

Os estímulos neuro-sensoriais começaram no primeiro dia de nascimento dos filhotes. De acordo com Jéssica, estudos indicam que o desempenho do filhote que é trabalhado e estimulado desde os primeiros dias de vida é muito maior.

“Baseado nesses estudos teóricos, a gente fez esses exercícios até o 16º dia de vida. Após isso, nós começamos a apresentar para eles diversos cenários, diversos estímulos que eles poderiam encontrar ao longo da vida. Sejam eles barulho de sirene, música, luzes e pessoas, para que eles fossem se habituando”, explicou a sargento.

O treinamento ocorreu de forma gradativa, com muita atenção para cada filhote, individualmente. “Estávamos atentos à resposta do filhote, fazendo o estudo, observando, anotando o comportamento de cada um”, esclareceu.

Processo de manejo dos filhotes. (Arquivo Pessoal)

Os filhotes receberam os estímulos até completarem 60 dias de vida. Os trabalhos eram feitos 24 horas por dia, mas revezando os horários e os tipos de estímulos. “Às vezes a gente fazia de manhã, às cinco da manhã, às vezes na hora do almoço, às vezes à tarde, às vezes à noite, madrugada”, contou Jéssica.

Kalunga também contou com o apoio de uma adestradora do Canil Toca Pantaneira, que já trabalha com cães de várias Forças de Segurança Pública. “Ela é especialista em Manejo de Filhotes. Sabíamos na teoria, mas com ela pudemos aprender na prática como fazer”, explicou o sargento.

Próximos passos dos filhotes

Passados os 60 dias, os filhotes seguirão com o treinamento, agora com os respectivos condutores. A etapa de estímulos serviu como uma base para o treinamento que vem a seguir. “A responsabilidade dos condutores de treinar o cão é tão importante quanto o manejo dos filhotes”, ressaltou Jéssica.

Conforme Kalunga, os filhotes serão destinados a militares de Mato Grosso do Sul, que irão treinar, cuidar, e trabalhar ao lado deles, futuramente. “Todos eles serão cães de trabalho e já temos definido que metade deles aumentarão o plantel do Corpo De Bombeiros Militar do MS. A destinação dos demais também está sendo definida”, explicou.

Soldado Francisco e Kiara; sargento Kalunga e Cristal; soldado Humberto e Ákila. (Arquivo Pessoal)

Quem é a bombeira Laika?

Laika é aprovada em circuitos nacionais para atuar em ocorrências e tragédias no Brasil, sendo reconhecida como uma heroína de quatro patas. A cadela “militar” do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul participou em tragédias com pessoas desaparecidas no país, como no rompimento da barragem em Brumadinho (MG), no ano de 2019.

A mais recente atuação de Laika, em uma ocorrência de nível nacional, foi nas enchentes do , em abril de 2024. Na ocasião, a cadela foi até Cianorte (PR) para receber treinamento, a fim de atuar nas buscas da tragédia.

Em 2023, Laika passou com mérito no XXI Senabom (Seminário Nacional dos Bombeiros), se destacando e provando toda a sua competência. No Paraná, realizou provas de certificação nacional de cães de busca e resgate pela LIGABOM (Conselho Nacional dos Comandantes de Corpos de Bombeiros Militares do Brasil).

Laika e seus filhotes.(Arquivo pessoal)

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