Aos 45 anos, Carlos não desiste do jiu-jítsu e diz que já lutou até com pontos na boca após cirurgia

Mesmo desacreditado por muitos, diz que já lutou até com pontos, após cirurgia na boca de última hora, consagrando-se campeão em diversos momentos

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(Carlos Alberto Ortiz/Arquivo Pessoal)

A arte marcial passou a fazer parte da vida de Carlos Alberto Ortiz ainda na década de 80, quando a família o considerava um garoto “ativo e esperto”. Assim, passou pelo judô, capoeira e boxe chinês, até que em 2016 iniciou no jiu-jítsu, esporte que exerce ainda hoje, aos 45 anos. Mesmo desacreditado por muitos, diz que já lutou até com pontos, após cirurgia na boca de última hora, consagrando-se campeão em diversos momentos.

“Eu comecei tarde já e fui desacreditado por muitos, principalmente pela minha idade e os afazeres. Sou pai de família, trabalho como vendedor e também sou professor de jiu-jítsu na região de periferia de Campo Grande, além de churrasqueiro e cozinheiro nas horas vagas. E mesmo com tudo isso sou campeão mundial 2022 pela ISBJJ [International Sports Brazilian Jiu-Jitsu Association], campeão brasileiro sul-americano estadual e faixa preta da 67 Pantanal Association, entre outra premiações”, disse Ortiz, como é conhecido.

Entre os principais título conquistados, também ressalta um campeonato mundial e brasileiro centro-oeste da CBJJD (Confederação Brasileira de Jiu-Jítsu Desportivo) e o fato de ser multicampeão estadual FSMJJ (Federação Sul-Mato-Grossense de Jiu-Jítsu).

(Carlos Alberto Ortiz/Arquivo Pessoal)

“Nos últimos nove anos participei de vários campeonatos em Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Copas Grandes Mestres, AJP Curitiba, mundiais, lutei também o mundial de 22 anos e me consagrei campeão no Rio de Janeiro. No ano de 2023, foi quando lutei e fiquei em terceiro lugar, mesmo tendo feito uma cirurgia de última hora na boca”, relembrou.

‘Jamais tive vontade de desistir’, diz atleta

Quando se fala em campeonatos estaduais, Carlos também participou de inúmeras competições, nas cidades de São Gabriel do Oeste, Dourados e Nova Alvorada, entre outros municípios. “Sofri muitas lesões também, acho que por conta da idade, porém, jamais tive vontade de desistir. O meu professor, o Bruno, é muito meu amigo também e sempre me incentivou a continuar. Me deu força e coragem, além, é claro, da minhas esposa, filha e os meus pais”, comentou.

Assim, diz que, “por mais que receba críticas, de que é velho, que não tem idade para participar de campeonatos, segue lutando”. “Dou aula em um CT [Centro de Treinamento] no Jardim Noroeste. Gosto muito dos meus alunos. Também já dei aulas na Escola Juliano Varela, para crianças com síndrome de Down, então, sou uma cara feliz dentro e fora do tatame e hoje estou em busca do bicampeonato mundial lá no Rio de Janeiro. Espero conseguir”, finalizou.

Confira aqui o atleta em algumas competições:

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