Após desenvolverem peças de roupas nas aulas de corte, costura e estamparia, os alunos do Projeto Niara apresentam suas criações em um desfile de moda, no dia 20 de novembro. A passarela será montada na rua Eva Maria de Jesus, na Comunidade Tia Eva, em Campo Grande.
Os alunos da Comunidade Tia Eva tiveram oportunidade de desenvolver suas peças nas oficinas de corte costura, criação, desenho e confecção, que ocorreram ao longo deste ano. As aulas do Projeto Niara, além de ensinarem o ofício da costura, resgataram de técnicas ancestrais como a estamparia manual.
Dessa forma, as criações dos participantes serão apresentadas no desfile, que marca o encerramento do projeto na comunidade. A data escolhida, 20 de novembro, agrega a celebração do Dia das Consciência Negra. Assim, o desfile será regado de ancestralidade, representatividade e negritude.
“A moda ancestral desempenha um papel relevante na promoção da autoestima e no empoderamento da comunidade. Ao criar peças únicas e autênticas que refletem a identidade cultural e a história do povo quilombola, valorizamos a diversidade e riqueza da cultura afro-brasileira”, conta Eduardo Inácio, professor e coordenador do Projeto Niara.
Festival Niara
Com tanto a comemorar, o evento do dia 20 de novembro será o Festival Niara, com apresentações culturais, roda de conversa, gastronomia e artesanato. Tudo a partir das 17h na Comunidade Tia Eva.
O Festival contará com uma Roda de Conversa a partir das 17h, com o tema ‘Costurando Novas perspectivas de ancestralidade cultural. Os convidados são: Victor Macaulin, Maria Carol, Fernando Cruz, SoulRa, Rosângela Nascimentos e CJ.
A cantora Dany Cristinne está confirmada e seu show começa a partir das 19h, além dela, a DJ Lady Afro se apresenta no Festival Niara. Por fim, o pagode do Tadeu e convidados animam a galera a partir das 21h.
Representatividade e propósito
O Projeto Niara nasceu da vontade de um grupo de professores de promover a mudança, por meio da construção e consagração da identidade afro-brasileira em Mato Grosso do Sul. A ideia nasceu em 2021, ainda durante a pandemia de Covid-19, mas foi com o edital 02/2022 do FIC, que o projeto ganhou corpo.
O coordenador geral do Projeto Niara, o professor Eduardo Inácio Alves, explica que o objetivo é impactar as comunidades quilombolas através da moda, expressões culturais e artísticas, transmitindo valores das tradições e identidade da nossa cultura.
“A moda ancestral desempenha um papel relevante na promoção da autoestima e no empoderamento da comunidade. Ao criar peças únicas e autênticas que refletem a identidade cultural e a história do povo quilombola, valorizamos a diversidade e riqueza da cultura afro-brasileira”, conta Eduardo.
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